terça-feira, 7 de setembro de 2010

Axiomas setembrinos!


Quero aproveitar a data comemorativa para falar, ou melhor, indagar em nome de todos portoalegrenses como eu. Aos que estão e que já estiveram em período escolar. Este mês comemoramos duas datas muito significativas e emblemáticas para nossa História: o 7 de stembro, leia-se Independência do Brasil (aliás, hoje) e o 20 de setembro, a não menos importante Revolução Farroupilha. Duas datas que herdamos e que legaremos à posteridade ad eternum.
Mas, deixando os rodeios de lado, vamos aos questionamentos, e o porquê de eu ter frisado "portoalegrenses" e "período escolar". Começemos então pelo 7 de setembro. A data da independência brasileira é estendida nas escolas com a chamada Semana da Pátria, onde reforçamos nosso nacionalismo, com bandeiras hasteadas e hinos cantados (sem palmas no final, lembram?), lembrando a libertação das amarras da ingerência portuguesa num pérfido Sistema Colonial.

7 de setembro: Viva o Brasil. Somos todos, com orgulho, brasileiros.

Partimos então para o nossa segunda data. Quem não tem alguém na família que se emociona no 20 de Setembro? A data que revive as façanhas de Bento Gonçalves e sua turminha contra os mandos e desmando da corte imperial brasileira é, folcloricamente, inserida nos corações dos gaúchos discentes de todo esse estado exemplar, inclusive nós da Capital. Um pouco de História: durante a Revolução Farroupilha chegou a ser proclamada a República do Piratini, que tornou-se, efemeramente, idependente do Brasil. Era a nossa separação, era o Rio Grande do Sul como país, fora do Brasil. Algo que inunda ainda os ideiais de muitos separatistas de plantão por aí ("Ah, eu sou gaúcho"). Assim, o 20 de setembro, comemorado nas escolas, lembra um momento de ruptura com o país.

20 de setembro: Viva o Rio Grande do Sul. (por extensão, dane-se o Brasil).

O que querem fazer com nossa memória? Com nosso patrimônio imaterial? O que fizeram comigo no colégio, com você aí meu leitor e contemporâneo? O que estão fazendo hoje com a gurizada que tá em aula?
Num dia comemora-se o patriotismo e nacionalismo, e APENAS DUAS, DUAS SEMANAS DEPOIS nos empurram o ideal farroupilha, da possibilidade do estado como país. Independente. Fora do Brasil.
Como ficamos? Se vivo, a Drummond encomendaria mais um trecho ao poema "E agora José? a identidade pirou!"
Mas isso é exclusividade gaudéria, que tem 2 feriados no mesmo mês!!! Masahhh...
E o que falar de nós então, portoalegrenses que na época da Revolução dos Farrapos, fomos contra o movimento, ISSO MESMO: CONTRA. Porto Alegre até bombardeada foi pelos farroupilhas. Mas hoje...hoje é comoção, tradição (putz), semana que vem tô levando meu lambari num piquete lá no Harmonia, palco da vivência e história gaúchas.
Mas é isso. E como diria o saudoso Paulo Leminski: "Haja hoje pra tanto ontem"
bjs do Marcito...

sábado, 28 de agosto de 2010

Faz é muito Sentido


Quero usar esse espaço aqui pra falar dum cara aí muito assistido no “virtual world” que de virtual já não tem nada, né?
Tô falando desse tal de Felipe Neto, que tem um espécie de vídeo-quadro no Youtube, e ultiliza o espaço pra falar de tudo que acontece e ganha evidência no nosso cotidiano imediatista! Chama-se Não Faz Sentido!
Pra falar a verdade eu não vejo muita novidade nas suas opiniões e críticas, pois tratam de alguns discursos-denúncia já meio clichês e até acho que o rapazinho, às vezes, escorrega em alguns preconceitos, mas nada grave...
Mas o que interessa realmente, e é por isso, obviamente, que escrevo é o fato do formato utilizado pelo novo judgmental boy conseguir acessar milhões de pessoas, e principalmente a galerinha teen, tão submersa em seu mundo orkutico e msnico, tão preocupada com sua realidade consumista-umbiguista. Vários de meus alunos adolescentes têm assistido seus vídeos e me comentado de maneira eufórica. E eu fico muito feliz, porque várias das idéias trabalhadas por Felipe Neto, são parecidas com as que discuto em aula, assim como muitos outros professores.
Na verdade, escrevo aqui como uma espécie de dica a meus amigos professores, meus amigos intelectuais, meus amigos revolucionários...etc, que enfim, tem dado certo utilizar essas novas tecnologias midiáticas com idéias interessantes, ainda mais quando atinge esse público, que acredito ser fundamental. Cada vez mais me sinto feliz por minha conversão às elucubrações pós-estruturalistas ligadas aos Cultural Studies que dialogam com o que de melhor se legou das teorias críticas cartesianas, mostrando a gradual esterilidade do formato gutemberguiano, inversamente proporcional à expansão das novas formas de linguagem, que só incomodam os reacionários preguiçosos.
Voltando. Os vídeos de Felipe Neto são muito interessantes e valem à pena serem ao menos visitados uma ou outra vez. Repito: não há nada de novo enquanto conteúdo, mas sua forma está na ordem do dia, e ocupa positivamente o tempo de muitos adolescentes.
Confiram...

Abaixo link de dois vídeos que achei muito interessante...

http://www.youtube.com/watch?v=ytBmDVjFSZg

http://www.youtube.com/watch?v=dAQkMjebkeA

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um certo professor do Dorotéia


Isso que relato agora serve pra todos meus leitores, meus amigos, não somente meus alunos. Vejam como é bom ser professor, se alguém, por ventura, está passando por alguma dificuldade em suas aulas, que o texto abaixo sirva como estímulo. Ah, e não duvidem, é tudo a mais honesta verdade...
Quando, no dia 23 de dezembro de 2009 descobri que faria parte do corpo docente do colégio Santa Dorotéia, durante 5 segundos não esbocei nenhuma reação, não consegui. A maratona de entrevistas, as conversas, os diálogos com supervisoras, orientadoras, psicóloga...Tudo isso, tudo, eram as portas, as etapas que me dariam acesso àquela gurizada que ainda não conhecia, mas que sabia que seriam, acima de tudo, meus amigos, sabia que iria conhecer pessoas que não esqueceria jamais, nem a pau!
Bingo!!!! Não errei. Essas coisas do coração a gente não erra!
Pois bem. Foi um verão sem descanso, angustiava-me a idéia de que a cada dia era um a menos até aquele em que estaria de frente com eles, executando de fato o ofício para o qual me preparei durante alguns anos acadêmicos. Um misto de conteúdos a serem escolhidos com atividades fora do tradicional, tudo para cumprir as apostas que as supervisoras da escola fizeram em mim, além de acompanhar o fabuloso e inquestionável trabalho que o professor Vander já vinha fazendo (cara fantástico, do qual sou o fã número um, com certeza).
Mas daí, o dia chegou, sempre chega, o tempo é poderoso, ninguém para ele, como na mitologia grega onde Cronos (o tempo) devorava seus filhos...Chegou!!!
Masahhhhhhh!!
Essa é a palavra que mais se aproxima de tudo que tem me acontecido na escola desde o dia que comecei a dar aula lá.
Eu gosto de História, mas minha preocupação é que meus alunos também gostem, e mesmo que não venham a gostar, aprendam a conviver com ela da melhor forma possível. Sempre digo isso a eles. Faz parte do currículo, então...Mas o mais importante não é isso. O melhor de tudo é o entrosamento que tenho com eles, as amizades que venho estabelecendo, os filhos que venho adotando, pois quando os vi pareciam tão pequeninos, mas conhecendo-os, tornaram-se gigantes, às vezes acho que vão me engolir, hehehe...
Como um carro desgovernado na contramão de uma freeway apressada e mal-humorada, eu vou dirigindo e sorrindo (sorrindo muito), dizendo: “sim, sou professor”, em meio a esse monte de críticas atribuídas a minha profissão. Mas também, com alunos que nem esses...bom, não vou ficar elogiando muito, há muito olho-grande por aí, já são meus, morro de ciúmes!
Parabéns, meus alunos do Santa Dorotéia, vocês, todos os dias, fazem com que eu cada vez mais tenha certeza do caminho que escolhi pra minha vida, pois vocês traçam ele junto comigo.
“Oi sooor” é a palavra mais emocionante e a mais bonita que tenho ouvido ultimamente, me empolgo, curto muito, muito...Entro na aula a milhão, com toda minha hiperatividade que às vezes atrapalha até a própria aula (putz).
Amo vocês meus amores, o que escrevo é de coração. Amo a todos, todos, os mais estudiosos,os mais bagunceiros, os mais quietinhos, todos conseguem demonstrar, da sua forma o seu carinho...
Já somos amigos pra toda a vida, com certeza...
Todos vocês, sem exceção, merecem um Halls preto. Beijos do Sor!

Marcito Castro (PROFESSOR)

terça-feira, 4 de maio de 2010

MADRUGADA (por Ana Inês Klein)


Olhem só o texto que cruzou meu caminho, que invadiu meus olhos. Sim, os pensamentos fantásticos ainda existem, e podem estar nos cercando. Eis as reflexões de Ana Inês Klein, uma ex-professora. Algo simplesmente...bom, vejam vocês mesmos:

"MAGRUGADA
Acordo de madrugada e ando pelo apartamento em busca de água. E algum sossego.
No caminho encontro minha gatinha misturada ao escuro da sala. Descubro essa identidade minha com ela: andar na madrugada, descalça; ver no escuro; andar no escuro; viver a noite; ouvir o dia amanhecer lá fora.
Minha agitação tem vários motivos semanais, mas minha serenidade também terá.

Quando eu disse ao meu vizinho que outras coisas me atrapalhavam bem mais do que suas ótimas músicas, libertei um monstro que tinha dentro de mim. Disse com isso que somos iguais em muita coisa e que eu estava do lado dele. E por que não? Não sei.
E por que sim? Porque sim, porque é o mundo que eu entendo. É onde eu ando, sem bater nas coisas, é onde eu transito segura. É como a noite do meu apartamento.

Mas amanhece e eu fico determinada a procurar o sono. Sinto prazer em dormir na hora em que as pessoas precisam acordar, é uma rebeldia que eu costumo exercitar às vezes. É a minha vitória sobre o sistema, as regras e até a natureza.
Droga de vida que nos coloca assim tão uns contra os outros!

Mas apago a luz, puxo o cobertor e sonho com a vida que eu acho que tenho às vezes. Ela tão pertinho está...
Não vejo nenhuma razão para ter medo, ainda que tenha.
Então a questão a decidir é: onde mais quero ir na madrugada?
Até onde?
Até onde eu sou capaz de ir para me buscar, se a cada dia eu posso ir mais longe?
Certo, assim nunca vou me achar. Mas o prazer da busca me tenta.
Atenta, eu posso fazer mais isso.
E voltar a dormir, que um friozinho invade o quarto e o barulho dos ônibus me autoriza a sentir o prazer de dormir na hora contrária de uma parte grande do mundo.

E, depois, decisões importantes tomei."

Como é bom, essas coisas...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O gremista não é politicamente correto...


Não adianta. Não tem como! Ouço essas belas conversas, esses bonitos conselhos de que o mais bonito no futebol é arte do espetáculo, o respeito da rivalidade. Comigo não, com o tricolor não...
O bonito mesmo é a profunda negação ao Internacional, ao chamado "colorado". Se não existissem os colorados pra gente xingar, não teríamos razão de existir, da mesma forma que Deus disse ao Diabo no "Evangelho segundo Jesus Cristo" de Saramago; ao mesmo modo da disputa sujeito-objeto na "Fenomenologia do espírito" de Hegel: viu, meu gremismo tem retaguardas literárias e filosóficas!
Não adianta, já falei. Não me venham pedir pra respeitar o Inter quando ele joga fora do país e representa o Brasil, ihhh...balela, Se ele tomar gol solto foguete, pois eu, gremista que sou, me componho também das derrotas coloradas. Entendam, às vezes uma derrota do Inter é uma vitória do Grêmio. Trata-se de uma imanência na psiquê tricolor...
E ai de quem se faça de desavisado. É só lembrar do último jogo do campeonato brasileiro, que por causa de resultados paralelos os gremistas não vibraram com o gol do próprio time porque beneficiaria o Inter. Na minha opinião, justificável. Fiquei triste com o gol.
Da mesma forma, a maior inverdade é dizer que o colorado pode representar o Estado em alguns jogos a nível nacional. Nunca. Não faltam historiadores pra dizer que o grenal é o maior símbolo da eterna clivagem ideológico sempre presente no Rio Grande do Sul, dos Farrouolihas versus os Imperiais aos Maragatos versus Chimangos (e/ou até os Positivistas versus Liberais). Não existe essa unidade. O dia que existir, não haverá Grêmio, haverá outra coisa que é bem diferente do que eu sinto (assim como muitos tricolores)...
Quem se assusta é o forasteiro, ou o torcedor meia-boca que fala "não sou muito de futebol, torço pro Grêmio, mas não dou muita bola...", não é desse torcedor que eu falo. Eu falo do maniqueísta como eu, que consegue ver, no futebol, categoricamente a divisão entre o Bem e o Mal. Não uso artifícios intelecutais progressistas ou humanistas para conceituar minha paixão, ela segue por outro viés. Sou Grêmio e existo para enxovalhar o Inter, para vencê-lo, e aliás...escrevo imediatamente depois de uma indiscutível vitória no Aterro, também conhecido como Beira -Rio, meu Deu, que felicidade...
E não me venham dizer que me aproveito do momento. Vocês fariam o mesmo. Esses argumentos servem pra explicar, do meso modo, a torcida colorada, mas sou tão gremista que não me atrevo, escrevam vocês.
Agora é só esperar o próximo domingo, tá tudo encaminhado, e é contra o Inter...
Inexplicável, só quem é gremista mesmo sabe o que tô sentindo!!!

sábado, 17 de abril de 2010

Mr Henks em: O Trabalho na Juventude


Ele está um pouquinho atrasado masa está aí. Mr. Henks!!!!








Aprecie sem moderação...

"Todo esse mundo do trabalho é muito bom , você ganha dinheiro muitas vezes ganha fama e status.
Mas e quando falamos de trabalho na juventude?
Logo vem na cabeça a exploração, e tudo que vemos na TV hoje em dia.
Eu (Mr Henks) tenho um amigo muito intimo que tem 16 anos e tem dois empregos.
Mas ai você me pergunta, porque DOIS?
Ele quer ficar rico ou coisa assim? haha
NÃO!
É por obrigação!
Ai você me pergunta, mas o que ele fez pra ter essa obrigação de manter DOIS empregos?
Essa resposta eu vou ficar devendo ,mas eu posso afirmar que o único defeito dele é não ter tido oportunidade de aprende enquanto era tempo!
O trabalho na juventude não é ruim, porque você aprende uma profissão e pode ate seguir ela mais adiante, mas é necessário que os PAIS tenham bom senso e escolham a felicidade e não a vingança!



ATE A PROXIMA! ;)"

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Os achismos de Mr Henks


Aí pessoal, é com um imensurável prazer que venho lhes avisar que a a partir de hoje, todas as sextas, meu blog será ocupado com as conjecturas e indagações de Mr Henks, o misterioso personagem de Matheus Santos, meu aluno do 1º ano, ta mbém camarada e companheiro de idéias "achistas"...Bom já falei demais, com vocês: Mr Henks!!!




"Meu nome é “”Mr Henkes”” tenho 23 anos , louro, alto, olhos azuis como o mar.

Mentira!

Eu sou o que você imaginar alto , baixo , gordo, magro, etc..
Mas o mais importante é que a partir de agora eu (Mr henks) irei postar meus sentimentos aqui no nos achismos do Marcito XD

Um forte abraço do seu amigo Mr Henks!

ATE A PROXIMA!"

domingo, 28 de março de 2010

Isabella revisitada


Agora escrevo um achismo. Não procurarei me utilizar de nenhum artifício intelectual ou acadêmico, nenhum preciosismo com nota de rodapé. Apenas um desabafo "achista", um pensamento de frente de televisão.
Por falar em televisão pergunto-me, pergunto aos meus leitores, pergunto ao mundo inteiro: O que seria do caso Isabella Nardoni sem a mídia, sem os meios de comunicação? Qual seria o veredito, caso não estivéssemos nós, TODOS, juntos, lá no julgamento. Eu, tu, ele, nós, vós, eles estamos contaminados, absolutamente mergulhados numa revolta coletiva com o caso da menina...tão mergulhados, que só o fato de eu estar aqui, conjecturando tal coisa, já causa uma certa ojeriza em muita gente. Mas (guardem sua raiva) qual seriam os desdobramentos de tal novela, sem o espetáculo envolvido. O que seria julgado e desdobrado tecnicamente, numa tecnologia jurídica de um Estado laico? Se somente os recursos e os saberes de tal ciência em si vanguradeassem essa resolução, qual seria o final?
O envolvimento de assumir para si, de tomar como de cavalo de batalha os descaminhos da vida de outrem é complicado, é estranho...Mas aí me faço autocrítca! Não seria esse o sentimento mais nobre de uma ameaçada espécie homo sapiens sapiens? sentir-se injustiçado e ferido com as injustiças e a s feridas de qualquer um e qaulquer parte? E aí da vontade de dizer que o Direito não serve pra nada mesmo, que as únicas diretrizes deveriam ser as da moral coletiva, seja o que ela seja, masacarada, embarrada, suja, subordinada...foda-se a ciência das casuísticas! Estou contaminado pelo ódio ao casal "assassino", mesmo que eles possam não ser, mesmo que a defesa alegue, o que causará um ad eternum axioma filosófico, que a veracidade da morte não se faz acompanhar da certeza da autoria. Foda-se de novo! Se o pai dela estava lá então matou, a minha moral cristã (ninguém não a tem) é mais forte do que uma prova jurisprudente.
Não há saída, esse caso já foi sentenciado há 2 anos pela sociedade do espetáculo, o superego já estava pronto. Não há dialética. Nem maniqueísmo. O "tipo ideal" consumido da pobre Isabella anulou a alteridade: somos a justiça! É o teatro tribunalístico servindo às nossas verdades não-negociáveis. Assim não houve "caso Isabella". Que raiva do casal!!! Vou lá beijar meu filho...Mas não me furto de pensar "e se não fosse a mída..."

segunda-feira, 1 de março de 2010

Realmente...só o suicídio mesmo


Atendendo ao pedido de minha amiga Aline "Orelha" Flores, transcrevo um texto que certa vez encontrei pelos subúrbios da web. O cara, muito confuso, não ressitiu e acabou com sua vida. É compreensível, observem:

"Foi encontrado no bolso de um cadáver, quando se preparava para a autópsia, a seguinte carta:

Excelentíssimo Senhor Delegado do Ministério Público: Suicidei-me!... Não culpe ninguém pela minha sorte. Deixei esta vida porque um dia a mais que vivesse acabaria por morrer louco.

Eu explico-lhe Senhor Doutor: Tive a desdita
de me casar com uma viúva, a qual tinha uma filha; se soubesse isto jamais teria casado. Meu pai, para maior desgraça era viúvo e quis a fatalidade que ele
se enamorasse e casasse com a filha da
minha mulher.

Resultou daí que a minha mulher se tornou sogra do meu pai. A minha enteada ficou a ser a minha mãe e o meu pai ao mesmo tempo meu genro.

Após algum tempo, a minha filha pôs no mundo uma criança que veio a ser meu irmão, porém neto da minha mulher que fiquei a ser avô do meu irmão. Com o decorrer do tempo, a minha mulher pôs
também no mundo um menino que como irmão da minha mãe, era cunhado de meu pai e tio do meu filho, passando a minha mulher a ser nora da própria filha.

Eu, Senhor Delegado, fiquei a ser pai da minha mãe, tornando-me irmão dos meus filhos, a minha mulher ficou a ser minha avô já que é mãe da minha mãe, assim acabei sendo avô de mim mesmo.

Portanto, antes que a coisa se complicasse mais resolvi acabar com tudo de uma vez."

domingo, 3 de janeiro de 2010

Para as minhas razões


Tu compartilhas esta noite comigo, assim desse jeito

Conversando sobre tudo

E Tu Também fica fazendo barulho, apontando e babando

Tu me conta dos planos, bebendo (não é regra) espumante demi sec

E Tu Também quer pegar a taça de qualquer jeito

Enquanto Tu me olha, me ouve

Tu Também me cega, me faz ir atrás, ver o que há

Eu presto atenção no que Tu tem a dizer, comendo azeitona

Mas saio correndo...Tu Também vai pra perto do forno. Quente

Tu Também sorri, me encanta. Da mesma forma encanta aTu.

Encho a taça novamente. Tu bebe. Tu Também limita-se ao suco na caixinha

Tu cuida a carne pra mim, faz o arroz. Tu Também comigo toma banho

Tu oferece a mamadeira. Tu Também bebe...e dorme!

Eu janto, Tu janta, Tu Também perde o bico. Eu vou e coloco de volta.

Amo vocês!!!