tag:blogger.com,1999:blog-38754551789818846852024-03-13T15:28:48.036-07:00Os achismos do MarcitoEu acho...daí escrevo.Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.comBlogger25125tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-24893041640788350882013-08-21T08:05:00.001-07:002013-08-21T08:05:23.122-07:00Ficção
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-hLKimAmOytg/UhTXHCIGKnI/AAAAAAAAALQ/x8nGVV5De7s/s1600/hdb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-hLKimAmOytg/UhTXHCIGKnI/AAAAAAAAALQ/x8nGVV5De7s/s320/hdb.jpg" /></a></div>
-Amor, vem cá, me deixa arrumar a gola. Isso, agora sim!!
Fernando sorria um sorriso pronto de dentes reconstituídos com aparelhos ortodônticos. Era um homem-de-bem. Colecionava fotos de eventos sociais, familiares, religiosos. Passava toda quinta-feira no supermercado e levava pra casa a comida da semana. Dois filhos, algodão doce, pipoca, ingresso de cinema infantil, praia em janeiro, happy hour com amigos que falavam alto (gritavam) em piadas de gente cheia de si, de vida consumada e protocolada. Fernando fazia amor com sua esposa e ligava a tevê, no outro dia de manhã o celular tocava, despertava anunciando o intervalo que teria até o escritório, que implicava uma rotina de “nãos” em semáforos a equilibristas de laranja e sorrisos a estagiárias perfumadas em paradas de ônibus.
Adriano vomitou de novo... O corpo espinhava, queimava... Mais 150 reais “Jogados fora”, que merda!!!!!
A noite anterior fora um fracasso, estéril, pedante. Verborrágica. Uma meia dúzia de beijos e só. O resto foi compartilhado com uísque aguado, um uísque portador de uma possível guinada introspectiva num quixotesco e imaginativo depois-de-amanhã melhor.
Na caixa de mensagem, um recado da filha. Seria oradora de sua formatura. Perdoava as ausências do pai descompassado. Na verdade gostava bastante dele. Menina inteligente, veterana de viagens com sua mãe (e o namorado dela). Adriano tinha sorte de ser gostado pela filha.
Fernando fechou o cinto sobre a calça, denunciando uma sobra de barriga que por sua vez denunciava um sono de dez horas diárias e dietas de carboidrato e salada. Fechou o cinto depois de mais uma ejaculação paga com cartão de crédito a uma namorada de aluguel encontrada em locais específicos da internet. Fazia um sexo infiel, machista. Um sexo que seria narrado aos amigos que legitimariam um adultério viril de um homem-de-bem.
Adriano não fez nada no último mês. Sem convite algum: aniversário, batizado, jantares familiares...
Fernando foi pra casa. Completo. Homem. Real. Convencional. Socialmente aceito.
Adriano vivia um dia de cada vez. Ria, filosofava, conjecturava. Procurava ser interessante, financiado por limitados recursos intelectuais. Definitivamente não era um homem-de-bem. Publicitários não o produziriam em marketing de folders de banco. Amava mulheres das mais variadas idades e ao mesmo tempo não amava nenhuma. Pagava o preço de seu nomadismo afetivo com sistemáticos e justificados sumiços de suas amantes, pois conseguia, muitas vezes, deixar-lhes sensações ruins como uma tatuagem mal feita. Era o preço. O preço de uma fisiológica e ideológica sinceridade, pois objetivava flutuar num metafísico plano acima dos ditames sociais. Pagava o preço. E doía-lhe, assim como a dor cansada do material de trabalho sobrecarregando seu corpo de pé num coletivo urbano cheio.
Caso Fernando fosse descoberto de suas satisfações sexuais extraconjugais, evidentemente seria perdoado, talvez não pela esposa, com a qual o desempenho de marido era espaçado e ruim, mas pela convenção, pela moralidade coletiva parideira de fernandos photoshopados que pagam com arrependimentos judaico-cristãos os erros cometidos. Mais do que perdoado, nosso herói seria salvo pela sociedade.
Mas a honestidade (idiossincrática) de Adriano não. Essa não!!! Mais do que seus atos e opiniões, é seu papel, sua representação social que não encontra espaço no mundo das gentes-de-bem. Sua rotina é insuportável aos capítulos da epopeia contemporânea das famílias, dos docs de condomínios, das risadas em churrascos.
Adriano jamais caberá nisso tudo. Não nasceu para ser um bom genro, um bom vizinho...
Fernando é o que há!!! O bom homem: falho, mas arrependido, carregando nas costas tudo que aprendeu, e a sociedade lhe é generosa...
Adriano vomitou de novo... E não tem mais crédito no telefone pra avisar o atraso no trabalho.
-Lindo, lindo!!! Nando, cuidado com essas piranhas te olhando na festa. Tu é meu!!!
Vai Fernando, o mundo é todo teu!!!!
Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-69477253290444056242012-07-22T22:51:00.002-07:002012-07-22T23:02:13.138-07:00A triste história de um homem com um mal sem prescrição<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-9G4LJiRztXA/UAzo2XpNppI/AAAAAAAAAJ4/LuwatI_riEs/s1600/Sorriso%2BAmarelo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="240" width="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-9G4LJiRztXA/UAzo2XpNppI/AAAAAAAAAJ4/LuwatI_riEs/s320/Sorriso%2BAmarelo.jpg" /></a></div>
A sua maior frustração foi a impossibilidade de encontrar frases prontas para tudo que estava sentindo. Nunca sentiu tanta falta de um bordão. De uma máxima!!
Uma vez leu na Náusea de Sartre que seu protagonista sentia sentimentos fracionados, e por isso mesmo impossíveis de caber em qualquer definição possível, qualquer coisa como ódio, dor, medo, inveja, etc.. Enfim, sensações completas e abrangentes demais.
Pois é! Ele estava assim, numa sensação gelatinosa, inexprimível e (por isso mesmo) triste.
O Tempo parecia ignorá-lo, não agindo como os sermões dos mais velhos que diziam que a experiência lhe visitaria e lhe diria o que fazer. Não. Nada disso. Estava só, frustrado. Sentindo-se alienado das normatizações quadriculadas endereçadas ao "homem de bem". Sim, era isso!!! Ele se via na impossibilidade de ser o homem de bem!
Esse homem. Experiência acabada das conquistas freudianas e copernicanas... Ele se viu distante disso.
Mas o mais incrível (ou não) é que ele honestamente odiava aquela hipocrisia toda! Das pessoas falsas e safadas (pra usar uma expressão de J. D. Salinger) que exortavam morais matemáticas. E assim mesmo sentia-se triste!!!!!
Triste por não conseguir livrar-se do "ver-se aos olhos dos outros", do "o que será que vão pensar". Achava tudo um lixo, mas se importava com isso. Talvez esse fosse o seu principal sofrimento.
Duas, semanas, um mês, quatro anos, sei lá... Não conseguia projetar para si a glória. A sua vivência "anômala" não prometia um devir moralmente desejável.
Não ser um homem de bem e não ter um sentimento grafadamente acabado era o fim!! Doía-lhe. Não havia glamour, nem nada. Nem nada. As fugas oníricas também já não apareciam mais. Estava o tempo todo pensando nisso. O tempo todo! Descobriu realmente que não estava feliz. Percebia o caminho para algo nada bom, nada promissor!
Mas o mais triste dessa história toda é que todo o tipo de ajuda imaginável lhe causava aversão, mostrava-se absolutamente estéril!!
Essa é a história de um homem que não sabe o que é, não sabe o que tem, não sabe o que quer. Mas sabe, claramente, que está aquém de qualquer coisa que possa responder qualquer uma dessas incertezas acima. Essa é a triste e terrível história de alguém que NÃO É.Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-38997943478299532132012-06-23T10:23:00.000-07:002012-06-23T10:28:00.045-07:00O Verdadeirobundamole<a href="http://2.bp.blogspot.com/-3FzGiX0cOTM/T-X8kcbxs2I/AAAAAAAAAI4/wcjyLvKEGdc/s1600/6revol.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="274" width="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-3FzGiX0cOTM/T-X8kcbxs2I/AAAAAAAAAI4/wcjyLvKEGdc/s320/6revol.jpg" /></a>
O verdadeirobundamole às vezes me tira a paciência!!
Ele ronda as mais diversas tendências dos espaços intelectuais das ciências humanas!!
Ele adquiriu há algum tempo a "chave inteRpertrativa do mundo" e sabe a solução para melhorá-lo.
Até aí tudo bem...
O problema é quando esse verdadeirobundamole passa a descargar críticas e adjetivações de todos os matizes aos sujeitos transeuntes, esses diluídos no megalópole: o alienado, o reacionário, o trouxa, o senso-comum, e por aí vai... Tem adjetivação pra todo comportamento "desviante" da literatura canônico-esclarecida!!
Ei, seu verdadeirobundamole, esse sujeito alienado que põe a camisa pra dentro da calça todo dia pra trabalhar e que muitas vezes vota no seu "algoz" age segundo suas pragmáticas e CARTESIANAS necessidades, ele não dispõe de excedente material para tomar assento e ler os evangelhos terrestres! Alienado é tu...
Por falar em excedente!! Infelizmente e historicamente tem sido assim!! Os mais críticos e esclarecidos sempre são os mais bem alimentados... Não há o que se fazer. Mas, o incoerente é o "intelectual com excedente" enxovalhando o trabalhador pragmático!
O que mais se encontra por aí são revolucionários bancados pelos pais criticando muita gente que tem que acordar às 5 e meia da manhã!! Assim até eu!!
Com minha barriga cheia sou incorruptível e jamais contraditório... Com a mesada na mão eu sigo a risca os ditames das cartilhas transformadoras!! O problema é quando o negócio começa a apertar! Te liga verdadeirobundamole!!
Vamos mudar o mundo!!! Vamos denunciar as mazelas sociais...
Mas não quero ser representado por insurgentes que compram o coquetel molotov com o cartão de crédito do pai!!!
Antes de falar dos seus Josés e das donas Marias, vá pagar a sua conte de luz, seu VERDADEIROBUNDAMOLE!!Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-89323308987465908442011-11-25T07:24:00.000-08:002011-11-25T08:16:18.649-08:00Um homem provinciano<a href="http://4.bp.blogspot.com/--F0Je-Pc63E/Ts-9FLeuFYI/AAAAAAAAAII/-OPH_V24YTU/s1600/cenario_vilarejo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://4.bp.blogspot.com/--F0Je-Pc63E/Ts-9FLeuFYI/AAAAAAAAAII/-OPH_V24YTU/s320/cenario_vilarejo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5678965551816119682" /></a><br /><em><strong>Várias folhas foram se amontoando na mesa, João quase já não repara. Tornou-se impossível identificar as categorias e os temas...</strong></em><br /><br />Ela mordeu ele no braço esquerdo. Sorriu, o confundindo com os outros homens da região. Ele também sorriu, subestimando os próximos dias. Pediu outra mordida...<br />Os dois montaram mo meio da rua um cenário de teatro, e todos os dias encenavam, a impressão de quem passava era de que falavam sério. Mas não havia uma intervenção!! Não queriam chocar as pessoas, queriam só a sua ignorância!!! Choveu, num desses dias, e molhou as cortinas da coxia. Nenhum dos dois fez nada!!! Correram, rindo, fugindo da chuva. Ela estranhou quando, no fim de sua quinta temporada, não conseguia remover a maquiagem, ao passo que o figurino dele sequestrou seu corpo, havia tomado posse. Foram pras suas casas com as roupas da peça!! <br /><br /><em><strong>João correu para não deixar cair um papel que estava no canto direito, perto da parede. Tinha se esquecido da última vez em que organizara aquilo tudo...</strong></em><br /><br />Ele não gostou da voz do segundo analista, não o convencia. A sua procura por ajuda começou quando estava se tornando insuportavelmente agradável o cheiro e barulho vivo de tudo, as dimensões policromáticas das coisas subvertiam a realidade tátil. O certo é que o mundo real é que o escapava. Com pressa, ela dava os últimos retoques no rosto com um pó cor de pele que passava por cima da maquiagem. A maquiagem da maquiagem, a primeira há muito não saía. Teve uma vez, enquanto dançavam, que ele se sentiu tonto e pediu pra parar um pouco, ela acatou, mas achou graça. Numa desforra lasciva, ele voltou e dançou bem rápido,mas ela ria. Ele ria, sabia que não a atingiria. Voltaram pro cenário no meio da rua. Sabiam que estavam indo era pra casa.<br /><br /><em><strong>Aqueles rompantes de moralista e planejador de vez em quando operavam em João que, frente àquela bagunça que tinha criado, deu de ombros. Não acreditava conseguir arrumar aquilo que só ele mesmo podia arrumar.</strong></em><br /><br />A velha na calçada sorriu, ele empalideceu! Não conseguia mais atuar fora da peça. Tinha um rasgo na perna de seu figurino. tinha tentando tirá-lo há alguns dias atrás. <br />Era muito cedo pra ela entender a duração da peça, e chegou a pensar que talvez não houvesse aplausos nunca. Sua força ria disso tudo. <br />Mordeu ele no braço. Ele riu. Riu porque gostou. Riu porque acreditou.<br /><br /><em><strong>Jogado no chão, João era agora religioso... sustentava a argumentação de que a metafísica o salvaria. Ouviu um barulho na mesa. Pensou terem caído todos os papéis, por fim.<br />Mas não. Ainda não...</strong></em><br /><br /><em></em>Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-84797948688786541092011-07-12T16:06:00.001-07:002011-07-12T16:07:34.258-07:00Letra T de martelo<a href="http://1.bp.blogspot.com/-t0oG8JIkglc/ThzTlMsCYAI/AAAAAAAAAH4/YULvf9FjBAM/s1600/letras1.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-t0oG8JIkglc/ThzTlMsCYAI/AAAAAAAAAH4/YULvf9FjBAM/s320/letras1.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5628606270320828418" /></a><br />Qual o preço que pagamos pela decodificação de uma palavra? Por entender o que ela significa (o que assim foi arbitrariamente convencionado)? Todo mundo aprende na escola que é importante carregar sempre um dicionário na mochila para quando nos depararmos com aquelas letras que formam algo muito estranho, palavras que parecem descer de uma nave espacial. Ao aprendermos o significado colocamos mais um verbete (muitos vão procurar o dicionário pra essa palavra, né!) na nossa coleção, enriquecemos o nosso vocabulário. <br />Mas também tem o outro lado. Algo mágico se perde! As regras coletivas e sociais de convivo e perpetuação cultural acabam por arrancar da gente os significados espontâneos que damos às silhuetas de muitas palavras. Esses dias, na sala de aula, uma aluna me perguntou o significado da palavra “pioneiro”, e, ao saber da resposta, disse-me, entristecida, que na sua cabeça “pioneiro” lembrava um homem montado em um cavalo. Primeiro eu tive vontade de rir, mas depois pensei: sim, é isso! As palavras nos dão essas impressões! Como é bom curtir os momentos que antecedem a verdadeira tradução, como é bom imaginar o que o soar das palavras nos gera. Como é boa essa fase de virgindade gramatical, das fantasias que surgem no desenho das letras! Depois vem o dicionário e...<br />Eu mesmo ainda tenho as minhas próprias traduções de muitas palavras. Lembro quando ouvi “efêmero” pela primeira vez. Na hora pensei que fosse uma palavra libidinosa, ligada ao ato sexual. Imaginem! E o “libidinoso”? Lembra uma carne gordurosa que lambuza a boca quando a gente come. O “almoxarifado” era um homem irritado que poderia vir atrás de mim a qualquer momento. E por aí vai. Luiz Fernando Veríssimo, em uma de suas fantásticas crônicas já tinha escrito sobre isso (não lembro agora o nome do texto), sobre a impressão das palavras na nossa cabeça (lembro-o dizendo que “plúmbeo” parecia alguém se atirando de barriga na água e “caos” como uma palavra que estourasse na boca com uma bola de chiclete). Vocês aí que estão lendo, façam esse exercício, tenho certeza que muitas palavras virão. <br />Quanto mais conseguirmos segurar algumas palavras melhor...Outro dia o Gabriel, meu filho, entrou comigo no elevador e me pediu para apertar o “martelo”. Depois de um tempo, compreendi que o martelo era a letra “T” de térreo. Mas ele tem toda a razão. Aliás, isso eu não vou desmentir , deixo que ele descubra sozinho a frustração do significado da letra. Por enquanto eu deixo. É isso aí Gabi, letra de “T” de martelo.Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-62522862862207500752011-06-29T08:40:00.000-07:002011-07-02T10:25:23.237-07:00Eticamente incorreto<a href="http://2.bp.blogspot.com/-9O1k906-1oQ/TgtQgJmUzVI/AAAAAAAAAHg/iwUMg6r6sLE/s1600/danilo_gentilli.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 280px; height: 280px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-9O1k906-1oQ/TgtQgJmUzVI/AAAAAAAAAHg/iwUMg6r6sLE/s320/danilo_gentilli.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5623677072964898130" /></a><br />Assisti ao dvd de Danilo Gentili, humorista do programa CQC e sucesso nos stand-ups disseminados via web, e tive uma infeliz decepção.<br />Acho o cara extremamente inteligente e de um pensamento rápido louvável. Entretanto o seu texto "<strong>politicamente incorreto</strong>" é medíocre, mas também preocupante. Se fosse só medíocre eu nem escreveria aqui, mas o preocupante me incomoda, por que o rapaz tem um imensurável poder de formação de opinião. Mas a opinião que ele forma não deixa de ser um senso comum esdrúxulo, reproduzido em papos de fila de banco ou durante o intervalo de novela...Danilo tem a inteligência de falar de forma engraçada a coisa mais óbvia e repetitiva da maioria dos brasileiros: "político é tudo ladrão". poxa Danilo, que clichê!!! <br />Mas o mais preocupante é a desenvoltura e habilidade de expressão para ridicularizar os atributos pessoais, as particularidades dessas pessoas. E muitas particularidades que não se relacionam nem influenciam de forma direta na vida pública das mesmas. Assim a piada fica engraçada, mas estéril! Mas uma esterilidade perigosa porque pode ter o efeito de reproduzir máximas preconceituosas e burras. Acabo tentado achar que isso é uma forma de usar o espaço democrático para ser alienado, porque os políticos filhos da puta (que eu tbm ridicularizo, mas ideologicamente) acabam ficando na verdade é felizes com os tópicos que são levantados, porque ferem só a sua imagem privada e comportamental, o que gera deinteresse do seus Josés e das donas Marias pela política, o efeito mais que desejado. <br />Salvo alguns techos interessantes, o texto de Danilo Gentili não tem nada de político! Pra falar da cachaça do fulano, do botox da beltrana, da viadagem do sicrano eu posso usar qualuqer pessoa, um artista de tv, um jogador de futebol...qualquer pessoa. O texto nada mais é do que piadas de personalidades da política brasileira!!!<br />Na verdade, eu acho que o texto de Gentili é um tiro no seu próprio pé, poruqe eu noto uma preocupaçao sua em relação à política, à democrocia...Mas utliza quase uma hora e meia pra fazer piadinhas de boteco...E bem reacionárias, diga-se!<br />O que faz chorar é que as gargalhadas das pessoas vêm de elas ouvir algo que já sabiam! Só isso. Entretanto, articuladas pela genialidade de um bom humorista. <br />Consideradas as dimensões de repercussão do vídeo...achei um desperdício e uma mediocridade!!! <br />Danilo, prefiro o senhor como "Repórter Inexperiente" ou fazendo piadas de sequestro relâmpago (que me arrancavam sinceros risos no Youtube)! Não use a democracia como um alienado...um reprodutor de bordões!Tu podes cara, vai lá!!!<br />Se eu tivesse que reintitular teu vídeo escreveria: "Politicamente óbvio".<br />abraços!Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-6227530857458489252011-03-09T20:13:00.000-08:002011-03-09T21:01:21.943-08:00Amanhã eu já posso morrer<a href="http://2.bp.blogspot.com/-4IRqoigHmUE/TXhZdJnP4oI/AAAAAAAAAGM/2WrQ8SaxI_4/s1600/1182374348.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 209px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-4IRqoigHmUE/TXhZdJnP4oI/AAAAAAAAAGM/2WrQ8SaxI_4/s320/1182374348.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5582310095457346178" /></a><br />Desde o ano passado eu preciso trocar meus óculos, tanto por questões de verificação dos graus de miopia e astigmatismo como pela armação que já não dá mais. Entretanto, o que aconteceu hoje (aliás, ontem) 09 de março de 2011, fez com que eu de fato tenha que visitar o oftalmologista, assim como encomendar um nova armação. Meus óculos se danificaram numa avalanche gremista. <br />Vou explicar...<br />No dia 09 de março, como dito acima, o Grêmio enfrentou o Caxias, pela final da Taça Piratini, leia-se, primeiro turno do chamado "Gauchão"!!! Todo gremista, mesmo o mais modesto, lá no seu subconsciente eseperava uma vitória tranquila do tricolor. Sim, esperava!!! Não vamos mentir...<br />Eu, Márcio Castro, quase não fui ao jogo por motivos de horário referente ao emprego de minha esposa. Entretanto, tudo deu certo e consegui, felizmente, encaminhar-me ao querido Monumental.<br />Acertadas as dívidas com o clube e comprado meu ingresso como Sócio Torcedor, adentrei o estádio, absolutamente desavisado do que a noite preparava pra mim e para todos os outros gremistas que lá estavam.<br />Resumindo: aos 39 minutos do 1º tempo, o vistitante Caxias fazia 2x0 no Grêmio. Sim, 2x0. Ó Imortal!!! pensei. O que fazes comigo, me pegaste de surpresa...<br />Pois bem, leitores desse desprentesioso e apaixonado artiguinho: meu time perdia em casa! O time de Renato Portaluppi!!! Maior ídolo tricolor...<br />Aos 43 minutos PÁ! descontamos!!! 2x1. Pensamemto automático de todo gremista: ah, no segunto tempo vamos virar certo...<br />Hahaha. Temos que entender que gremista é tatuado com o sofrimento da imortalidade no momento em que adere a essa paixão louca (alguns dizem que já se nasce, enfim...).<br />A GUERRA viria no 2º tempo!!!<br />Eu já decidi que não meto mais Deus no meio de futebol, porque , afinal, é impossível dar conta (coitado Dele) de todas as preces de todos os times, ainda quando mais quando há confrontos diretos!!! MAS DESSA VEZ FOI DIFERENTE!!! SIM, Deus estava lá, com o Grêmio. Porque o que se viu do time adversário foi horrível, vergonhoso, despresível...bom, chega de adjetivações, elas não dariam conta. O Caxias passou o <br />2º tempo inteiro NÃO JOGANDO FUTEBOL! Isso mesmo, apenas catimbando, caindo, fazendo o tempo passar. Estavam ganhando, poderiam jogar e tudo certo, quem sabe até vencessem a partida!!! Mas não! Decidiram por agir como um TIMINHO (caixa alta para algo diminutivo), se esquivando, cheio de medo...Nossa, que horror!!! <br />E o imortal tricolor surgia...Guerreando, tentando, lutando, extenuando suas forças!!!<br />A torcida. Ah, a torcida, revivendo momentos como 2005, 2007, estava dentro de campo!!! Lutando junto, gritando e sendo ouvida pelos jogadores (o não <em>fair play</em> do Grêmio por causa de um vergonhosa cera do goleiro do Caxias foi um dos melhores momentos do jogo)...<br />Talvez, frente a desastrosas atitudes, a maior dignidade do juíz tenha sido dar 6 minutos de acréscimo à segunda etapa (que quase não aconteceu pela ridícula postura do adversário). Sim tricolores...aos 45 minutos do 2º tempo, a vitória ainda era do Caxias!!!<br />Mas eu sabia que o gol ia sair!! Como? Sei lá...gremista de verdade sabe do que eu tô falando!!!<br />EI, atenção!!! <br />GOL DO GRÊMIO AOS 50 MINUTOS!!! De Rafael Marques, e da Geral do Grêmio também, diga-se de passagem...Nós é que empurramos aquela bola.<br />Meu Deus, meu Deus!!! Descrever isso: impossível!!!<br />GOL DO GRÊMIO, GOL DO GRÊMIO, GOL DO GRÊMIO!!!<br />Umas das coisas mais emocionantes da minha vida!!! Jamais imaginei isso quando saí de casa...<br />Contar da vitória no pênaltis, com Victor pegando duas cobranças nem vale...Já é bônus..<br />Dizem que no Brasil, o ano só começa depois do carnaval, não é? Pois o Grêmio, aquele imortal, meio lenda, meio realidade, mitificado e idealizado pelas façanhas que alcançou, entrou em campo de verdade dia 09 de março de 2011. Depois do carnaval...<br />Loucura né? Mas o mais difícil é conseguir contar pra quem não tava lá!!! IMPOSSÍVEL!!!<br />E dá-lhe Grêmio!!!<br />Agora eu já posso morrer...Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-20570435282720909772010-09-07T18:33:00.000-07:002010-09-07T19:28:42.350-07:00Axiomas setembrinos!<a href="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/TIb0iktfJ5I/AAAAAAAAAEc/YQ6HBJgiaeY/s1600/DESESPERO.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 233px; height: 233px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/TIb0iktfJ5I/AAAAAAAAAEc/YQ6HBJgiaeY/s320/DESESPERO.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514363668568942482" /></a><br />Quero aproveitar a data comemorativa para falar, ou melhor, indagar em nome de todos portoalegrenses como eu. Aos que estão e que já estiveram em período escolar. Este mês comemoramos duas datas muito significativas e emblemáticas para nossa História: o 7 de stembro, leia-se Independência do Brasil (aliás, hoje) e o 20 de setembro, a não menos importante Revolução Farroupilha. Duas datas que herdamos e que legaremos à posteridade <em>ad eternum</em>.<br />Mas, deixando os rodeios de lado, vamos aos questionamentos, e o porquê de eu ter frisado "portoalegrenses" e "período escolar". Começemos então pelo 7 de setembro. A data da independência brasileira é estendida nas escolas com a chamada Semana da Pátria, onde reforçamos nosso nacionalismo, com bandeiras hasteadas e hinos cantados (sem palmas no final, lembram?), lembrando a libertação das amarras da ingerência portuguesa num pérfido Sistema Colonial. <br /><br /><strong>7 de setembro: Viva o Brasil. Somos todos, com orgulho, brasileiros.</strong><br /><br />Partimos então para o nossa segunda data. Quem não tem alguém na família que se emociona no 20 de Setembro? A data que revive as façanhas de Bento Gonçalves e sua turminha contra os mandos e desmando da corte imperial brasileira é, folcloricamente, inserida nos corações dos gaúchos discentes de todo esse estado exemplar, inclusive nós da Capital. Um pouco de História: durante a Revolução Farroupilha chegou a ser proclamada a República do Piratini, que tornou-se, efemeramente, idependente do Brasil. Era a nossa separação, era o Rio Grande do Sul como país, fora do Brasil. Algo que inunda ainda os ideiais de muitos separatistas de plantão por aí ("Ah, eu sou gaúcho"). Assim, o 20 de setembro, comemorado nas escolas, lembra um momento de ruptura com o país.<br /><br /><strong>20 de setembro: Viva o Rio Grande do Sul. (por extensão, dane-se o Brasil).</strong><br /><br />O que querem fazer com nossa memória? Com nosso patrimônio imaterial? O que fizeram comigo no colégio, com você aí meu leitor e contemporâneo? O que estão fazendo hoje com a gurizada que tá em aula? <br />Num dia comemora-se o patriotismo e nacionalismo, e APENAS DUAS, DUAS SEMANAS DEPOIS nos empurram o ideal farroupilha, da possibilidade do estado como país. Independente. Fora do Brasil. <br />Como ficamos? Se vivo, a Drummond encomendaria mais um trecho ao poema "E agora José? a identidade pirou!"<br />Mas isso é exclusividade gaudéria, que tem 2 feriados no mesmo mês!!! Masahhh...<br />E o que falar de nós então, portoalegrenses que na época da Revolução dos Farrapos, fomos contra o movimento, ISSO MESMO: CONTRA. Porto Alegre até bombardeada foi pelos farroupilhas. Mas hoje...hoje é comoção, tradição (putz), semana que vem tô levando meu lambari num piquete lá no Harmonia, palco da vivência e história gaúchas.<br />Mas é isso. E como diria o saudoso Paulo Leminski: "Haja hoje pra tanto ontem"<br />bjs do Marcito...Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-27047750744029178302010-08-28T19:57:00.000-07:002010-08-28T20:12:28.637-07:00Faz é muito Sentido<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/THnNgIXEAEI/AAAAAAAAAEU/wZ1sRR6m1DA/s1600/fotos%2Bfelipe%2Bneto.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 320px; height: 224px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/THnNgIXEAEI/AAAAAAAAAEU/wZ1sRR6m1DA/s320/fotos%2Bfelipe%2Bneto.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510661570948235330" border="0"></a><br />Quero usar esse espaço aqui pra falar dum cara aí muito assistido no “virtual world” que de virtual já não tem nada, né?<br />Tô falando desse tal de Felipe Neto, que tem um espécie de vídeo-quadro no Youtube, e ultiliza o espaço pra falar de tudo que acontece e ganha evidência no nosso cotidiano imediatista! Chama-se <span style="font-weight: bold;">Não Faz Sentido!</span><br />Pra falar a verdade eu não vejo muita novidade nas suas opiniões e críticas, pois tratam de alguns discursos-denúncia já meio clichês e até acho que o rapazinho, às vezes, escorrega em alguns preconceitos, mas nada grave...<br />Mas o que interessa realmente, e é por isso, obviamente, que escrevo é o fato do formato utilizado pelo novo judgmental boy conseguir acessar milhões de pessoas, e principalmente a galerinha teen, tão submersa em seu mundo orkutico e msnico, tão preocupada com sua realidade consumista-umbiguista. Vários de meus alunos adolescentes têm assistido seus vídeos e me comentado de maneira eufórica. E eu fico muito feliz, porque várias das idéias trabalhadas por Felipe Neto, são parecidas com as que discuto em aula, assim como muitos outros professores. <br />Na verdade, escrevo aqui como uma espécie de dica a meus amigos professores, meus amigos intelectuais, meus amigos revolucionários...etc, que enfim, tem dado certo utilizar essas novas tecnologias midiáticas com idéias interessantes, ainda mais quando atinge esse público, que acredito ser fundamental. Cada vez mais me sinto feliz por minha conversão às elucubrações pós-estruturalistas ligadas aos Cultural Studies que dialogam com o que de melhor se legou das teorias críticas cartesianas, mostrando a gradual esterilidade do formato gutemberguiano, inversamente proporcional à expansão das novas formas de linguagem, que só incomodam os reacionários preguiçosos. <br />Voltando. Os vídeos de Felipe Neto são muito interessantes e valem à pena serem ao menos visitados uma ou outra vez. Repito: não há nada de novo enquanto conteúdo, mas sua forma está na ordem do dia, e ocupa positivamente o tempo de muitos adolescentes. <br />Confiram...<br /><br /> Abaixo link de dois vídeos que achei muito interessante...<br /><br />http://www.youtube.com/watch?v=ytBmDVjFSZg<br /><br />http://www.youtube.com/watch?v=dAQkMjebkeAMarcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-12297824134206122192010-05-19T09:13:00.000-07:002010-05-19T09:24:38.790-07:00Um certo professor do Dorotéia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S_QO1nxWXII/AAAAAAAAAD8/GU6ELZuQNec/s1600/professor.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S_QO1nxWXII/AAAAAAAAAD8/GU6ELZuQNec/s320/professor.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5473015761533820034" /></a><br />Isso que relato agora serve pra todos meus leitores, meus amigos, não somente meus alunos. Vejam como é bom ser professor, se alguém, por ventura, está passando por alguma dificuldade em suas aulas, que o texto abaixo sirva como estímulo. Ah, e não duvidem, é tudo a mais honesta verdade...<br />Quando, no dia 23 de dezembro de 2009 descobri que faria parte do corpo docente do colégio Santa Dorotéia, durante 5 segundos não esbocei nenhuma reação, não consegui. A maratona de entrevistas, as conversas, os diálogos com supervisoras, orientadoras, psicóloga...Tudo isso, tudo, eram as portas, as etapas que me dariam acesso àquela gurizada que ainda não conhecia, mas que sabia que seriam, acima de tudo, meus amigos, sabia que iria conhecer pessoas que não esqueceria jamais, nem a pau! <br />Bingo!!!! Não errei. Essas coisas do coração a gente não erra!<br />Pois bem. Foi um verão sem descanso, angustiava-me a idéia de que a cada dia era um a menos até aquele em que estaria de frente com eles, executando de fato o ofício para o qual me preparei durante alguns anos acadêmicos. Um misto de conteúdos a serem escolhidos com atividades fora do tradicional, tudo para cumprir as apostas que as supervisoras da escola fizeram em mim, além de acompanhar o fabuloso e inquestionável trabalho que o professor Vander já vinha fazendo (cara fantástico, do qual sou o fã número um, com certeza).<br />Mas daí, o dia chegou, sempre chega, o tempo é poderoso, ninguém para ele, como na mitologia grega onde Cronos (o tempo) devorava seus filhos...Chegou!!!<br />Masahhhhhhh!! <br />Essa é a palavra que mais se aproxima de tudo que tem me acontecido na escola desde o dia que comecei a dar aula lá.<br />Eu gosto de História, mas minha preocupação é que meus alunos também gostem, e mesmo que não venham a gostar, aprendam a conviver com ela da melhor forma possível. Sempre digo isso a eles. Faz parte do currículo, então...Mas o mais importante não é isso. O melhor de tudo é o entrosamento que tenho com eles, as amizades que venho estabelecendo, os filhos que venho adotando, pois quando os vi pareciam tão pequeninos, mas conhecendo-os, tornaram-se gigantes, às vezes acho que vão me engolir, hehehe...<br />Como um carro desgovernado na contramão de uma freeway apressada e mal-humorada, eu vou dirigindo e sorrindo (sorrindo muito), dizendo: “sim, sou professor”, em meio a esse monte de críticas atribuídas a minha profissão. Mas também, com alunos que nem esses...bom, não vou ficar elogiando muito, há muito olho-grande por aí, já são meus, morro de ciúmes!<br />Parabéns, meus alunos do Santa Dorotéia, vocês, todos os dias, fazem com que eu cada vez mais tenha certeza do caminho que escolhi pra minha vida, pois vocês traçam ele junto comigo. <br />“Oi sooor” é a palavra mais emocionante e a mais bonita que tenho ouvido ultimamente, me empolgo, curto muito, muito...Entro na aula a milhão, com toda minha hiperatividade que às vezes atrapalha até a própria aula (putz). <br />Amo vocês meus amores, o que escrevo é de coração. Amo a todos, todos, os mais estudiosos,os mais bagunceiros, os mais quietinhos, todos conseguem demonstrar, da sua forma o seu carinho...<br />Já somos amigos pra toda a vida, com certeza...<br />Todos vocês, sem exceção, merecem um Halls preto. Beijos do Sor!<br /><br />Marcito Castro (PROFESSOR)Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-27742753383619448262010-05-04T10:19:00.000-07:002010-05-04T10:31:26.072-07:00MADRUGADA (por Ana Inês Klein)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S-BZcxkfXOI/AAAAAAAAADs/7J_bdFwW9lg/s1600/madrugada.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S-BZcxkfXOI/AAAAAAAAADs/7J_bdFwW9lg/s320/madrugada.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5467468298505379042" /></a><br />Olhem só o texto que cruzou meu caminho, que invadiu meus olhos. Sim, os pensamentos fantásticos ainda existem, e podem estar nos cercando. Eis as reflexões de Ana Inês Klein, uma ex-professora. Algo simplesmente...bom, vejam vocês mesmos:<br /><br />"MAGRUGADA<br />Acordo de madrugada e ando pelo apartamento em busca de água. E algum sossego.<br />No caminho encontro minha gatinha misturada ao escuro da sala. Descubro essa identidade minha com ela: andar na madrugada, descalça; ver no escuro; andar no escuro; viver a noite; ouvir o dia amanhecer lá fora.<br />Minha agitação tem vários motivos semanais, mas minha serenidade também terá.<br /><br />Quando eu disse ao meu vizinho que outras coisas me atrapalhavam bem mais do que suas ótimas músicas, libertei um monstro que tinha dentro de mim. Disse com isso que somos iguais em muita coisa e que eu estava do lado dele. E por que não? Não sei.<br />E por que sim? Porque sim, porque é o mundo que eu entendo. É onde eu ando, sem bater nas coisas, é onde eu transito segura. É como a noite do meu apartamento.<br /><br />Mas amanhece e eu fico determinada a procurar o sono. Sinto prazer em dormir na hora em que as pessoas precisam acordar, é uma rebeldia que eu costumo exercitar às vezes. É a minha vitória sobre o sistema, as regras e até a natureza.<br />Droga de vida que nos coloca assim tão uns contra os outros!<br /><br />Mas apago a luz, puxo o cobertor e sonho com a vida que eu acho que tenho às vezes. Ela tão pertinho está...<br />Não vejo nenhuma razão para ter medo, ainda que tenha.<br />Então a questão a decidir é: onde mais quero ir na madrugada?<br />Até onde?<br />Até onde eu sou capaz de ir para me buscar, se a cada dia eu posso ir mais longe?<br />Certo, assim nunca vou me achar. Mas o prazer da busca me tenta.<br />Atenta, eu posso fazer mais isso.<br />E voltar a dormir, que um friozinho invade o quarto e o barulho dos ônibus me autoriza a sentir o prazer de dormir na hora contrária de uma parte grande do mundo.<br /><br />E, depois, decisões importantes tomei."<br /><br />Como é bom, essas coisas...Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-60362136129005348382010-04-26T06:06:00.000-07:002010-04-26T11:37:04.120-07:00O gremista não é politicamente correto...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S9Waqcf1wII/AAAAAAAAADk/mKYrB5YVoaw/s1600/gremio+10.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 226px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S9Waqcf1wII/AAAAAAAAADk/mKYrB5YVoaw/s320/gremio+10.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464443776878887042" /></a><br />Não adianta. Não tem como! Ouço essas belas conversas, esses bonitos conselhos de que o mais bonito no futebol é arte do espetáculo, o respeito da rivalidade. Comigo não, com o tricolor não...<br />O bonito mesmo é a profunda negação ao Internacional, ao chamado "colorado". Se não existissem os colorados pra gente xingar, não teríamos razão de existir, da mesma forma que Deus disse ao Diabo no "Evangelho segundo Jesus Cristo" de Saramago; ao mesmo modo da disputa sujeito-objeto na "Fenomenologia do espírito" de Hegel: viu, meu gremismo tem retaguardas literárias e filosóficas!<br />Não adianta, já falei. Não me venham pedir pra respeitar o Inter quando ele joga fora do país e representa o Brasil, ihhh...balela, Se ele tomar gol solto foguete, pois eu, gremista que sou, me componho também das derrotas coloradas. Entendam, às vezes uma derrota do Inter é uma vitória do Grêmio. Trata-se de uma imanência na psiquê tricolor...<br />E ai de quem se faça de desavisado. É só lembrar do último jogo do campeonato brasileiro, que por causa de resultados paralelos os gremistas não vibraram com o gol do próprio time porque beneficiaria o Inter. Na minha opinião, justificável. Fiquei triste com o gol.<br />Da mesma forma, a maior inverdade é dizer que o colorado pode representar o Estado em alguns jogos a nível nacional. Nunca. Não faltam historiadores pra dizer que o grenal é o maior símbolo da eterna clivagem ideológico sempre presente no Rio Grande do Sul, dos Farrouolihas versus os Imperiais aos Maragatos versus Chimangos (e/ou até os Positivistas versus Liberais). Não existe essa unidade. O dia que existir, não haverá Grêmio, haverá outra coisa que é bem diferente do que eu sinto (assim como muitos tricolores)...<br />Quem se assusta é o forasteiro, ou o torcedor meia-boca que fala "não sou muito de futebol, torço pro Grêmio, mas não dou muita bola...", não é desse torcedor que eu falo. Eu falo do maniqueísta como eu, que consegue ver, no futebol, categoricamente a divisão entre o Bem e o Mal. Não uso artifícios intelecutais progressistas ou humanistas para conceituar minha paixão, ela segue por outro viés. Sou Grêmio e existo para enxovalhar o Inter, para vencê-lo, e aliás...escrevo imediatamente depois de uma indiscutível vitória no Aterro, também conhecido como Beira -Rio, meu Deu, que felicidade...<br />E não me venham dizer que me aproveito do momento. Vocês fariam o mesmo. Esses argumentos servem pra explicar, do meso modo, a torcida colorada, mas sou tão gremista que não me atrevo, escrevam vocês.<br />Agora é só esperar o próximo domingo, tá tudo encaminhado, e é contra o Inter...<br />Inexplicável, só quem é gremista mesmo sabe o que tô sentindo!!!Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-45991419710089251302010-04-17T10:57:00.000-07:002010-04-17T11:04:35.041-07:00Mr Henks em: O Trabalho na Juventude<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S8n3RdNwFOI/AAAAAAAAADc/byitLIkQT3s/s1600/trabalho-jovem.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 281px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S8n3RdNwFOI/AAAAAAAAADc/byitLIkQT3s/s320/trabalho-jovem.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461167902435579106" /></a><br />Ele está um pouquinho atrasado masa está aí. Mr. Henks!!!!<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Aprecie sem moderação...<br /><br />"Todo esse mundo do trabalho é muito bom , você ganha dinheiro muitas vezes ganha fama e status.<br />Mas e quando falamos de trabalho na juventude?<br /> Logo vem na cabeça a exploração, e tudo que vemos na TV hoje em dia.<br />Eu (Mr Henks) tenho um amigo muito intimo que tem 16 anos e tem dois empregos.<br />Mas ai você me pergunta, porque DOIS?<br />Ele quer ficar rico ou coisa assim? haha<br />NÃO!<br />É por obrigação!<br />Ai você me pergunta, mas o que ele fez pra ter essa obrigação de manter DOIS empregos?<br />Essa resposta eu vou ficar devendo ,mas eu posso afirmar que o único defeito dele é não ter tido oportunidade de aprende enquanto era tempo!<br />O trabalho na juventude não é ruim, porque você aprende uma profissão e pode ate seguir ela mais adiante, mas é necessário que os PAIS tenham bom senso e escolham a felicidade e não a vingança!<br /><br /><br /><br />ATE A PROXIMA! ;)"Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-75323351202144962502010-04-09T19:58:00.000-07:002010-04-09T20:06:37.529-07:00Os achismos de Mr Henks<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S7_q70WAnnI/AAAAAAAAADU/7hQuwcsEEbY/s1600/mr+henks.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 232px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S7_q70WAnnI/AAAAAAAAADU/7hQuwcsEEbY/s320/mr+henks.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5458339586780470898" /></a><br />Aí pessoal, é com um imensurável prazer que venho lhes avisar que a a partir de hoje, todas as sextas, meu blog será ocupado com as conjecturas e indagações de Mr Henks, o misterioso personagem de Matheus Santos, meu aluno do 1º ano, ta mbém camarada e companheiro de idéias "achistas"...Bom já falei demais, com vocês: Mr Henks!!!<br /><br /><br /><br /><br />"Meu nome é “”Mr Henkes”” tenho 23 anos , louro, alto, olhos azuis como o mar.<br /><br />Mentira!<br /><br />Eu sou o que você imaginar alto , baixo , gordo, magro, etc..<br />Mas o mais importante é que a partir de agora eu (Mr henks) irei postar meus sentimentos aqui no nos achismos do Marcito XD<br /><br />Um forte abraço do seu amigo Mr Henks!<br /><br />ATE A PROXIMA!"Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-33894074594605247002010-03-28T18:28:00.000-07:002010-03-28T19:12:08.055-07:00Isabella revisitada<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S7AMah4wJbI/AAAAAAAAADM/yxo7rJEdNFs/s1600/isabela+nardoni.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 302px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S7AMah4wJbI/AAAAAAAAADM/yxo7rJEdNFs/s320/isabela+nardoni.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5453872798658209202" /></a><br />Agora escrevo um achismo. Não procurarei me utilizar de nenhum artifício intelectual ou acadêmico, nenhum preciosismo com nota de rodapé. Apenas um desabafo "achista", um pensamento de frente de televisão. <br />Por falar em televisão pergunto-me, pergunto aos meus leitores, pergunto ao mundo inteiro: O que seria do caso Isabella Nardoni sem a mídia, sem os meios de comunicação? Qual seria o veredito, caso não estivéssemos nós, TODOS, juntos, lá no julgamento. Eu, tu, ele, nós, vós, eles estamos contaminados, absolutamente mergulhados numa revolta coletiva com o caso da menina...tão mergulhados, que só o fato de eu estar aqui, conjecturando tal coisa, já causa uma certa ojeriza em muita gente. Mas (guardem sua raiva) qual seriam os desdobramentos de tal novela, sem o espetáculo envolvido. O que seria julgado e desdobrado tecnicamente, numa tecnologia jurídica de um Estado laico? Se somente os recursos e os saberes de tal ciência em si vanguradeassem essa resolução, qual seria o final?<br />O envolvimento de assumir para si, de tomar como de cavalo de batalha os descaminhos da vida de outrem é complicado, é estranho...Mas aí me faço autocrítca! Não seria esse o sentimento mais nobre de uma ameaçada espécie homo sapiens sapiens? sentir-se injustiçado e ferido com as injustiças e a s feridas de qualquer um e qaulquer parte? E aí da vontade de dizer que o Direito não serve pra nada mesmo, que as únicas diretrizes deveriam ser as da moral coletiva, seja o que ela seja, masacarada, embarrada, suja, subordinada...foda-se a ciência das casuísticas! Estou contaminado pelo ódio ao casal "assassino", mesmo que eles possam não ser, mesmo que a defesa alegue, o que causará um ad eternum axioma filosófico, que a veracidade da morte não se faz acompanhar da certeza da autoria. Foda-se de novo! Se o pai dela estava lá então matou, a minha moral cristã (ninguém não a tem) é mais forte do que uma prova jurisprudente.<br />Não há saída, esse caso já foi sentenciado há 2 anos pela sociedade do espetáculo, o superego já estava pronto. Não há dialética. Nem maniqueísmo. O "tipo ideal" consumido da pobre Isabella anulou a alteridade: somos a justiça! É o teatro tribunalístico servindo às nossas verdades não-negociáveis. Assim não houve "caso Isabella". Que raiva do casal!!! Vou lá beijar meu filho...Mas não me furto de pensar "e se não fosse a mída..."Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-80430406078740220472010-03-01T06:14:00.000-08:002010-03-01T06:19:34.418-08:00Realmente...só o suicídio mesmo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S4vM74G4BLI/AAAAAAAAADA/55JHBLUF1RI/s1600-h/suicidio.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 271px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S4vM74G4BLI/AAAAAAAAADA/55JHBLUF1RI/s320/suicidio.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5443669903652947122" /></a><br />Atendendo ao pedido de minha amiga Aline "Orelha" Flores, transcrevo um texto que certa vez encontrei pelos subúrbios da web. O cara, muito confuso, não ressitiu e acabou com sua vida. É compreensível, observem: <br /><br />"Foi encontrado no bolso de um cadáver, quando se preparava para a autópsia, a seguinte carta: <br /><br />Excelentíssimo Senhor Delegado do Ministério Público: Suicidei-me!... Não culpe ninguém pela minha sorte. Deixei esta vida porque um dia a mais que vivesse acabaria por morrer louco.<br /><br />Eu explico-lhe Senhor Doutor: Tive a desdita<br /> de me casar com uma viúva, a qual tinha uma filha; se soubesse isto jamais teria casado. Meu pai, para maior desgraça era viúvo e quis a fatalidade que ele<br /> se enamorasse e casasse com a filha da <br />minha mulher.<br /><br />Resultou daí que a minha mulher se tornou sogra do meu pai. A minha enteada ficou a ser a minha mãe e o meu pai ao mesmo tempo meu genro.<br /><br />Após algum tempo, a minha filha pôs no mundo uma criança que veio a ser meu irmão, porém neto da minha mulher que fiquei a ser avô do meu irmão. Com o decorrer do tempo, a minha mulher pôs <br />também no mundo um menino que como irmão da minha mãe, era cunhado de meu pai e tio do meu filho, passando a minha mulher a ser nora da própria filha.<br /><br />Eu, Senhor Delegado, fiquei a ser pai da minha mãe, tornando-me irmão dos meus filhos, a minha mulher ficou a ser minha avô já que é mãe da minha mãe, assim acabei sendo avô de mim mesmo.<br /><br />Portanto, antes que a coisa se complicasse mais resolvi acabar com tudo de uma vez."Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-85317740082493648542010-01-03T18:28:00.000-08:002010-01-03T18:31:12.139-08:00Para as minhas razões<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S0FSqoBUtCI/AAAAAAAAAC4/UjCr9rzW4ic/s1600-h/felicidade-no-chin-ecircs-thumb4847202.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 240px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/S0FSqoBUtCI/AAAAAAAAAC4/UjCr9rzW4ic/s320/felicidade-no-chin-ecircs-thumb4847202.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422706318581740578" border="0" /></a>
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CMarcio%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="themeData" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CMarcio%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CMarcio%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1107304683 0 0 159 0;} @font-face {font-family:Calibri; panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1073750139 0 0 159 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:10.0pt; margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} h1 {mso-style-priority:9; mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-link:"Título 1 Char"; mso-margin-top-alt:auto; margin-right:0cm; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; mso-outline-level:1; font-size:24.0pt; font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} span.Ttulo1Char {mso-style-name:"Título 1 Char"; mso-style-priority:9; mso-style-unhide:no; mso-style-locked:yes; mso-style-link:"Título 1"; mso-ansi-font-size:24.0pt; mso-bidi-font-size:24.0pt; font-family:"Times New Roman","serif"; mso-ascii-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-hansi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-font-kerning:18.0pt; mso-fareast-language:PT-BR; font-weight:bold;} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoPapDefault {mso-style-type:export-only; margin-bottom:10.0pt; line-height:115%;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-size:100%;">Tu compartilhas esta noite comigo, assim desse jeito</span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-size:100%;">Conversando sobre tudo</span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-size:100%;">E Tu Também fica fazendo barulho, apontando e babando</span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-size:100%;">Tu me conta dos planos, bebendo (não </span><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >é regra) espumante <i style="">demi sec<o:p></o:p></i></span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >E Tu Também quer pegar a taça de qualquer jeito<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Enquanto Tu me olha, me ouve<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Tu Também me cega, me faz ir atrás, ver o que há<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Eu presto atenção no que Tu tem a dizer, comendo azeitona<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Mas saio correndo...Tu Também vai pra perto do forno. Quente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Tu Também sorri, me encanta. Da mesma forma encanta aTu.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Encho a taça novamente. Tu bebe. Tu Também limita-se ao suco na caixinha<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Tu cuida a carne pra mim, faz o arroz. Tu Também comigo toma banho<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Tu oferece a mamadeira. Tu Também bebe...e dorme!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Eu janto, Tu janta, Tu Também perde o bico. Eu vou e coloco de volta.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormalCxSpLast"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <h1><span style=";font-family:";font-size:12pt;" ><span style="font-size:100%;">Amo vocês!!!</span><o:p></o:p></span></h1> Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-31087822407865740512009-11-16T16:30:00.000-08:002009-11-16T17:55:33.823-08:00Um salve aos hermanos Alejandro e José Maria. Sejam felizes!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/SwICZUzzWvI/AAAAAAAAACo/_u8YMUZBKeo/s1600/Homosexualismo.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 294px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/SwICZUzzWvI/AAAAAAAAACo/_u8YMUZBKeo/s320/Homosexualismo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5404885136903985906" border="0" /></a><br />A nossa vizinha Buenos Aires acaba de vanguardear um ato revolucionário. Lá se realizará, a 1º de dezembro, o já autorizado <span style="font-weight: bold;">casamento</span> homossexual. Sim casamento e <span style="font-weight: bold;">não união estável</span>. Ou seja, juíz de paz, comunhão de bens, testemunhas, e todas as parafernálias jurídicas dessa instituição burguesa moderna. Pois bem, fico muito feliz. Eis um inequívoco achismo meu: eu acho isso muito importante.<br />Tomara que a mídia, enquanto houver fôlego, não pare de tocar no assunto. Que aconteçam as chamadas no horário nobre no momento em que as famílias estiverem reunidas jantando. Que um funcionário de uma empresa leia pela manhã, em voz alta, aos colegas o fato ocorrido. Que tal acontecimento gere revoltas aos mais preconceituosos, aos reacionários, mas que se perceba a absoluta inevitabilidade disso, porque como disse Gabriela Seijas, juíza do caso, "o mundo caminha nesta direção".<br />Na verdade o mundo sempre teve essa direção, como teve muitas outras, o problema é o moralmente aceito, o parâmetro machista e sexista que norteia o mundo. Num maniqueísmo entre o certo e o errado, este teve a homossexualidade com sua representante por excelência.<br />Não vou bater na tecla do óbvio, da minha defesa pela liberação do prazer sexual, independente das escolhas e descartes, pela ojeriza que tenho da analogia da homossexualidade com anomalia, doença, perversão, urgh...Isso, de alguma forma até vem sendo hipocriatmente teatralizada nos discursos em respeito à diferença, à condição sexual.<br />É o conceito que me incomoda, a definição acabada do termo. Foucault já dizia que a coisa nasce da palavra e apalavra não comunica, mas inventa a coisa. Pois é, na minha opinião a homossexulaidade, ou homossexualismo (num catálogo acadêmico verborrágico) só ganhará respeito quando a palavra tornar-se vazia no momento de sua pronúnica. Quero dizer que o preconceito só acabará quando o termo perder o sentido, até não ser mais utilizado por não ter a mínima necessidade. Quem gosta de homem, gosta de homem, . Quem gosta de mulher, idem. Quem gosta dos dois, digo o mesmo... Afinal que nome se dá pra quem prefere Pepsi ao invés de Coca-Cola, pra quem prefere usar tênis e não sapatos, quem gosta de andar de moto no lugar de carro. Alguém até pode inventar um nome pra essas escolhas, essas diferenças, mas não haverá sentido nenhum, não terá a mínima importância. Dessa forma ser homossexual sempre será homossexual enquanto essa palavra exisitir. E ela existindo sempre haverá o espaço para políticas e discursos de controle e violência, sempre será uma "categoria", um "termo", e sendo categoria e sendo termo, será passível de análise, de hipóteses, será laboratório da ciência cartesiana. Ser gay nunca deixará de ser enquanto assim eu o pronunciar, mesmo os mais progressitas e combatentes da homofobia ficarão presos à palavra. E da palavra a coisa. A pessoa que tem tesão por outra do mesmo sexo, que se apaixona por ela, que a ama, dessa forma sempre será coisificada.<br />Não sei como esse problema se descoisificará, não sei quando esse preconceito acabará, mas ficarei muito feliz que meu filho não se incomode ao ver dois homens se beijando na rua, não dê a mínima, que isso pra ele não faça diferença...<br />Que as pessoas morram de prazer, que os armários guardem apenas roupas. Que o corpo não seja uma sirene de polícia alojada...<br />A Argentina foi revolucionária, deu o exemplo. Burocratizar é um mal necessário. Se infiltra nos dspositivos da norma e da ordem. Nossos hermanos estão de parabéns. O caso de Buenos Aires até me fez ter vontade de cantar "Soy louco por ti América. Soy louco por ti de amores..."Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-5569252087861997512009-11-04T08:52:00.000-08:002009-11-04T10:07:42.227-08:00Estudo, estudo, diversifico...e me embanano!!!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/SvHCN4IruuI/AAAAAAAAACQ/M-IAz_QZ58w/s1600-h/1218506000171_bigPhoto_0.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 300px; height: 300px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/SvHCN4IruuI/AAAAAAAAACQ/M-IAz_QZ58w/s320/1218506000171_bigPhoto_0.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400310971856829154" border="0" /></a><br />Por acaso, na semana passada descobri que a professora Marisa Vorraber Costa (de ímpar genialidade e sensibilidade com o cotidiano) lançou, neste ano de 2009 o livro "Educação na cultura da mídia e do consumo". Ah...que nostalgia! Saudade do ano passado. Uma típica nostalgia pós-moderna.<br />Tenho certeza que esse livro também é resultado do seminário que realizou numa disciplina na Faced, do qual fui aluno PEC, que refletia sobre educação e consumo. Deixei meu artigo lá, "O consumo (des)moralizado", uma preocupação com o universo do "senso comum", as recepções, atribuições e ressignificações dos Josés e das Marias (um pouco ao estilo do jesuíta Certeau sobre a sua "invenção do cotidiano", mesmo não lhe fazendo referência) sobre as ideologias e os modos de pensamentos que lhe são "impostos". Obviamente, fui na contramão da produção intelectual que institui a alienação. A nostalgia me dá pelas vorazes pesquisas de então, no debruçamento de Foucault, Derrida, Yudice, o meu favorito Canclini; Martín-Barbero; Bauman; Bhabha; Hall; Lemert; Ortiz, e vai, vai.. Todos, a despeito de suas particualridades, propondo uma reletiura das máximas modernas e iluministas, que me influenciaram e me fizeram comprar algumas brigas.<br />Pois bem...Tentei o mestrado na área, não consegui. Agora estou estudando Rio Grande do Sul, patrimônio e memória na Fapa. Meu Deus!<br />Não preciso dizer que <span style="font-weight: bold;"><span style="font-weight: bold;"><span style="font-weight: bold;"></span></span></span>as leituras são absolutamente outras! No presente momento, faço uma pesquisa sobre o Mercado Público de Porto Alegre como um lugar de memória, saca...<br />E falar em Mercado Público é falar de da história da cidade, de Sérgio da Costa Franco, Sandra Pesavento, etc... Falar de lugar de memória é falar de Pierre Nora, Jacques Le Goff, Maurice Halbwachs, Paul Ricouer, e aí vai.<br />Acredite o leitor que, para a primeira disciplina do curso, realizei um artigo sobre Rafael Pinto Bandeira, pode uma coisa dessas? Eu, Marcito, jamais me imaginei analisando um códice do século XVIII, os testemunhos de uma devassa. Isso mesmo! Imagine a bibliografia...<br />Mas, já ia esquecendo que no início do ano comecei o curso de Filosofia na Ufrgs, sim! Os motivos paternais me fizeram postergá-lo pra daqui há algum tempo. Mesmo assim, entre março e abril lá estava eu raciocinando o desmonte do discurso sofista na análise de Platão, fichando a metafísica da Aristóteles e preparando um texto sobre a critica moderna de Hegel sobre os escritos de Heráclito.<br />Bom, a verdade é que estou me sentido uma enceradeira intelectual, rodando, rodando, rodando, nessa desorganizada prática "holística". A preocupação é com o currículo, como minha formação, mas a verdade é que cada vez me embanano mais<span style="font-weight: bold;">, </span>quero ler de tudo, saber de tudo, mas acabo me atrapalhando. Acho que devo é, como me disse uma professora, fazer tudo sim, mas uma coisa de cada vez. Pois é...<br />Sem contar nos romances que abandonei no meio, como O Iditoda de Dostoiévski e Contraponto de Huxley. Mas o que quero mesmo, nas férias é terminar a biografia do Tim Maia, do Motta. O nome: "Vale Tudo". Não, não Tim, tudo não, aí tu me complica mais...Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-68718014855771363442009-09-30T18:43:00.000-07:002009-09-30T19:21:17.107-07:00"Ouviram do Ipiranga"...que a identidade nacional foi pro brejo<a href="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/SsQSBJeHCTI/AAAAAAAAACI/D2ASz5t5T7A/s1600-h/BrasilBandeiraRasgada.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387450865173334322" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 225px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/SsQSBJeHCTI/AAAAAAAAACI/D2ASz5t5T7A/s320/BrasilBandeiraRasgada.jpg" border="0" /></a><br /><div>No centenário de sua criação, o hino nacional brasileiro deverá agora ser cantado uma vez por semana nas escolas públicas e privadas. Proposta pelo deputado mineiro Lincoln Portela (do PR), a lei foi sancionada pelo vice-presidente José Alencar. Nada a ver...</div><br /><div>Eu não vou aqui fazer apologia de um hino alternativo, mais progressista, popular, blablablá, blablablá. Não que seja contra, mas pra mim o buraco é mais embaixo. Grosso modo, esse ideário nacionalista é propaganda iluminista moderna e hoje não tá mais colando. Culpa da globalização que fragmenta, pulveriza, dessubstancializa? Sim e não! Mesmo que nesses nossos tempos ditos pós-modernos as identidades estejam ganhando múltiplos, transitórios e efêmeros significados, mesmo que a globalização propicie este estado de coisas, o tal discurso nacionalista sempre nos foi empurrado goela abaixo, num pertencimento (pseudo) homogêneo, de que todos comungamos de valores comuns referentes à querida nação brasileira é pura balela. Um hipcrosia oficialesca, elitista, antipática. Alguém consegue me responder o que é ser brasileiro? Não vale consultar nenhuma cartilha. "Autencidade", "essência", "originalidade" são puro recursos retóricos para se fazer acreditar em supostos mitos fundadores, dessas comunidades imaginadas (como já aconselhava Stuart Hall e Néstor Canclíni.) </div><br /><div>Além do mais, esse tal hino nacional nunca nos representou mesmo, sequer sabemos o que significa a maioria das palavras (depois ficam ridicularizando a coitada da Vanusa).</div><br /><div>Mas o Brasil está nos holofotes. País emergente, saindo quase ileso de uma crise mundial, compra submarinos nucleares e caças supersônicos para proteger um território que encontrou petróleo abaixo da camada de sal. O Brasil tá na moda. Assim, talvez a única coerência seja justificarmos cantando no colégio essa nação promissora.Pode ser...</div><br /><div>Mas, assim mesmo acho reacionára essa proposta. Essa tentativa nada criativa de reconquistar uma identidade que está agonizante. Se é que um dia respirou sem ajuda de aparelhos. </div>Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-24629755237065835332009-08-21T06:07:00.000-07:002009-08-21T06:53:24.171-07:00O fim de um paradigmaNa noite do dia 19 de agosto de 2009 dá-se o óbito de Ciro do Nascimento Egres, meu tio por afeição, meu segundo pai.<br />Digo, com verdadeira e intransigente certeza, que não morre só um homem, morre um conceito, uma idéia, um sistema de pensamento. É o fim de um paradigma.<br />Ciro cruzou e percorreu as mais variadas fronteiras da realidade social, as fronteiras do bem e do mal, as fronteiras do certo e errado. E a cada passo que deu, não houve qualquer tropeço, nenhum desequilíbrio. De cabeça erguida, foi reconhecido e considerado por todos que compartilharam seu espaço.<br />Ciro foi um dos responsáveis pela minha formação de caráter, por meus códigos de conduta no mundo do trabalho, no mundo das amizades, no mundo da vida de periferia, no mundo das escolhas. E não modifico uma vírgula daquilo que aprendi com ele.<br />Ciro foi absolutamente amado e respeitado por todos que o conheciam, pois conseguia ser ao mesmo tempo sério e afetuoso. Suas atitudes pareciam ser milimetricamente ensaiadas, pois não usava uma palavra fora do lugar ou fora de hora. Ele conhecia seu espaço a cada situação e ali reinava inconteste.<br />Ciro foi um sujeito incorruptível, sob qualquer ponto de vista. Foi honesto à décima potência, de expressões e atitude absolutamentes sinceras. Ciro não é desse tempo.<br />Sempre desconfiei dos perfis arredondados e caricatos dos seres humanos. Achava isso coisa de novela, de Hollywood, pois na verdade todos somos uma constante contradição, um eterno processo de modificação e hibridação. Mas Ciro foi diferente, ah foi...<br />Suas posturas, sua filosofia de vida jamais mudaram durante todo o tempo em que convivi com ele. Até seus erros eram prenunciados e pareciam, por ele, calculados.<br />A morte de Ciro é também a morte de um mito, de algo que já não existe mais, que já se extinguiu. É o fim de algo fantástico, digno de uma biografia para ser disseminada aos quatro cantos.<br />Os que conheceram esse homem (que mais parece um personagem de alguma epopéia mitológica) sabem o que estou dizendo. E aqueles que não o conheceram e agora estão lendo este texto acreditem: ele era tudo isso mesmo.<br />E a minha grande felicidade é por ter vivido nos tempos de Ciro, e mais que isso ter convivido com essa figura ímpar ter ganhado a sua amizade, a sua educação, compartilhado seus e meus momentos de felicidade e tristeza, ter apertado a sua mão ter ganhado o seu abraço, ter feito parte de sua existência.<br />Vá com Deus Ciro, tu não pertences a este mundo mesmo, tu és algo a ser idealizado e aprendido. Obrigado por ter feito parte da minha vida.<br />Te amo Cirinho, e até algum dia.Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-28810324209379147162009-08-17T12:07:00.000-07:002009-08-17T12:24:23.911-07:00Que coisa engraçada!<a href="http://4.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/SomuWm-GZuI/AAAAAAAAACA/PAVe-wggvUs/s1600-h/aplausos_.png"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5371015734057395938" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 225px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/SomuWm-GZuI/AAAAAAAAACA/PAVe-wggvUs/s320/aplausos_.png" border="0" /></a><br /><div>Transcrevo neste espaço uma piada que recebi por email da colega Aline do grupo da História Fapa. Assaz pertinente:<br /><br />*Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar **na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.**Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.**'Qual o problema, senhora'?, pergunta uma comissária.**'Não está vendo? - respondeu a senhora**- 'vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui.**Você precisa me dar outra cadeira'.**'Por favor, acalme-se - disse a aeromoça -**'infelizmente, todos os lugares estão ocupados.**Porém, vou ver se ainda temos algum disponível'.**A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.**'Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe **econômica.**Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar**nemmesmo na classe econômica.**Temos apenas um lugar na primeira classe'. E antes que a mulher fizesse**algumcomentário, a comissária continua:**'Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da **classeeconômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as**circunstâncias,o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um **passageiro a viajar aolado de uma pessoa desagradável'.**E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:**Portanto, senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, **pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...**' E todos os passageiros próximos, que, estupefatos, assistiam à cena, **começaram**a aplaudir, alguns de pé.*<br /><br />Essa (re)ação deveria acontecer cotidianamente, ao menor sinal de uma atitude racista. Os racistas devem, além de punidos, ser incansavelmente ridicularizados, zombados, enxovalhados, nas maneiras mais crativas possíveis. Aí o preconceito vai se tornar, careta, cafona, clichê. Daí começará a revolução...<br />Viva as piadas antiracistas, viva o combate plurívoco, criativo e disseminado contra o preconceito. Viva, viva...estou muito contente!!!</div>Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-6225605502455374992009-08-15T09:32:00.000-07:002009-08-15T09:36:17.276-07:00O garçom e a liberdade de expressão<a href="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/Sobj9iOnVJI/AAAAAAAAAB4/Qn8ITmcpNAo/s1600-h/sem+título.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5370230251985523858" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 172px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_DANAf8P6Jrs/Sobj9iOnVJI/AAAAAAAAAB4/Qn8ITmcpNAo/s320/sem+t%C3%ADtulo.bmp" border="0" /></a><br /><div>Eu trabalho há um pouco mais de um ano como garçom. Não sou funcionário de nenhum estabelecimento, mas sim faço serviços free-lance nos mais variados lugares, o que me faz encontrar no dia-a-dia públicos os mais diferenciados possíveis, financeira, social e culturalmente falando. A filosofia do “sempre sorrindo”, do “o cliente tem sempre a razão” e etc, etc etc, é cabal é indispensável nesse tipo de trabalho, mas às vezes fica difícil lidar com algumas circunstanciais situações, o que cria em mim uma profunda vontade de expressar os meus mais profundos sentimentos em relação a algum mala ou mal-educado que cruza o caminho da minha bandeija. Aí vem aquela lembrança do profissionalismo que está em jogo, e acaba tudo num belo sorriso acompanhado de um “pois não”, “é claro, é claro”.<br />Imaginem se a palavra Liberdade de Expressão fosse realmente de possível utilização em nos diferentes momentos de nossa vida. Mas infelizmente, quando não se pode é quando mais se precisa. Relaciono, abaixo, algumas das frases que gostaria de dizer nos meus serviços de garçom, palavras que me aliviriam o espírito, me relaxariam a alma, mas que são, obviamente, impossíveis de saírem da boca. Ei-las:<br /><br />“Será que o senhor não vê que está todo mundo cansado? Só você e sua esposa estão atrasando o fechamento do local, o senhor não tem consciência disso?”<br /><br />Numa correria, e eu com coca-cola guaraná e cerveja, daí uma senhorita “-Moço, me vê uma água mineral. –Agora a senhora vai esperar, só depois eu vou trazer. É brincadeira...pedem só que a gente não tem. Espera, porque vai demorar.”<br /><br />“Bah, mas vocês comem hein? Já troquei o prato de docinhos da mesa duas vezes e querem mais, nanananã, chega.”<br /><br />“Não meu amigo, não tem mais salgadinhos, tu chega a essa hora na festa, quase acabando, na maior cara de pau e quer comer salgadinho, ah por favor...procura numa mesa aí se tem.”<br /><br />“-Garçom, essa cerveja que tu trouxe ta gelada? –Não, não. Essa aí eu peguei fora do gelo pra ti, só pra te contrariar”<br /><br />“Psiu o quê? Eu não sou gato, custa dizer ‘ô garçom’?! .Que falta de respeito”<br /><br />“Se a senhora não segurar direito a taça, eu vou virar a espumante toda em você, aí a culpa é minha, né bocaberta?”<br /><br />“Não amigo, não vou mais lhe servir cerveja, o senhor já está super bêbado, tá todo mundo reparando, ta fazendo um baita fiasco, toma vergonha e vai pra casa”<br /><br />“-Ô garçom!!! –Fala chato.”<br /><br />Essas e muitas outras palavras, me deixariam muito satisfeito se pudessem ser proferidas, pois às vezes não estamos muito bem, e damos de frente com pessoas complicadas. Mas, a liberdade de expressão de fato é impossível, as pessoas não conseguiriam viver em sociedade sendo completamente honestas. Enquanto isso, vou sorrindo e dizendo “o senhor aceita um cafezinho?”</div>Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-42067456289028324822009-05-21T23:46:00.000-07:002009-05-22T08:57:51.208-07:00Quem nasce na vila aprende mais cedoMart’nália cantou e eu me aproveitei da letra: “Modéstia à parte, quem nasce na vila aprende mais cedo”. É verdade...<br />Ressalvadas todas as sinalizações de porém, entretanto, contudo, todavia, etc. das carências e problemas multiangulares de morar na vila, leia-se periferia, lá é bem melhor. Foi bem melhor pra mim, ao menos. Claro que, agora, como já tenho um filho, levo pra casa os argumentos acadêmicos e jornalístico-empíricos e, assim sendo, não gostaria que ele crescesse em meio às dificuldades encontradas nesse espaço social, mas pra quem é piá é tri bom.<br />Crescer na vila é subjetivamente bom. Sim, subjetivamente. De difícil externalização e comunicação vocálica ou gráfica. As novas gerações, tributárias de docs de condomínios não viverão coisas como a sociabilidade criada no meio da rua de paralelepípedo (sem asfalto e sinaleira), não conhecerão a cultura do “brincar na terra”, de tirar o tampão de dedão porque chutou a pedra e não a bola (e também chamar de filho da p... aquele que riu na hora do chute), de ficar com coceira nas costas por causa da grama. Pois é, quem viveu, viveu e sabe do que eu to falando. Essa nostalgia dita muitas de minhas regras na minha vida social e profissional e por isso sou amante do senso comum. Os intelectuais o odeiam, mas não sabem do que falam. Muitos não comungaram de tais momentos, vejam vocês alguns:<br />Jogar bolita, hã? Que coisa boa quando da risca ia direto pro boco. Já podia “matar” o<br />outro no começo do jogo. Mas quando se jogava às “verda”, meu pai não deixava eu levar as “olhinho de gato”, eram muito bonitas pra perder pros outros (ah, me desculpem, mas não usarei notas de rodapé pra explicar esses termos, pois como já disse: quem viveu, viveu...). E a chimpa (ou ximpa, não sei, nunca vi essa palavra por escrito)? As partes internas das carteiras de cigarro valiam como dinheiro e lembro que as de caixinha eram mais caras, chamadas de “ourinho”. Jogar taco era no mínimo uma vez por semana, sempre tendo que tirar as latas de azeite da rua cada vez que vinham os carros, mas tudo bem...<br />Eu sei, eu sei. Os nossos pais na correria, na labuta do dia-a-dia pra gente poder frequentar a escola, não precisar trabalhar, o esforço pra nos dar aquele par de tênis novo a cada inverno. Todos nós lá. Vítimas da vergonhosa desigual distribuição de renda do país. Mas, no nosso universo infantil, orbitavam outras coisas:<br />“Márciooo, eu não acredito que tu jogou bola com o tênis de sair?” ou “Ah, tu quer te aparecer pras visita é?”, também “ó filho, a mãe te comprou esse abrigo bem quente, apeluciado por dentro”. Momentos de negociação: “Ah mãe, não vou tomar banho. Nem suei. Joguei no gol.” Quem nunca barganhou?<br />E quem nunca torceu pra achar a figurinha chave da bicicleta ou do vídeo game. Eu só ganhei um relógio de plástico. O álbum era de graça no armazém e muitas vezes se colava com cola de farinha. Não achava menor graça no ping pong Amazônia ou Pantanal, mas o “Bubblets” do Jaspion eu completei, e o gosto do chiclete era melhor também.<br />Os saquinhos de leite grudados nas garrafas de Clorofina não me chamavam muita atenção. Preferia o barulho da tampa da Doriana nos raios da bicicleta.<br />Mas o bom era o futebol. 3 dentro, 3 fora, com um pique pra ficar mais fácil. A droga era que muitas vezes no melhor do jogo, vinha minha mãe me chamar pra ir na padaria, ou jogar no bicho pra ela “ah, agora eu não vô” “peraí, vou chamá teu pai”. Eu ia.<br />Eu era rápido, brincá de pega-ajuda era comigo, sempre era o último ser pego. No 5 corta também me destacava, claro que fazia algumas panelinhas pra cortar sempre.<br />“Olha a Kombi, olha a Kombi, vai pega as garrafas!!” Três garrafas de vidro, valiam uma baita rapadura de Santo Antônio, isso só na Vila, os mauricinho do asfalto não tinham esse privilégio. Não mesmo. Tirar foto com o Papai Noel no areião, só nóis, a negadinha da vila.<br />Isso não é romantizar a periferia, longe disso. Mas vejam que em meio a tantos problemas, na minha cabeça ficou isso, esses detalhes. Convivi no meio da violência, mas sempre fiz limonada com esse limão. A gente sempre ressignificava tudo, da falta de grana à dor de um soco na cara. “Bah, arregou.” “Ah, não da minha mãe tu não fala”.<br />Quem acha que a piazada não sente a pressão, que não compreende as mazelas cotidianas? Entretanto, usávamos nossos dialetos pra conversar com o infortúnio. Já falei, defendo o senso comum. Tenho uma formação acadêmica que nunca conseguiu ser porta-voz da periferia, sempre a enquadrou num clichê de carência e alienação. Não é bem assim. Quem nasce na vila faz na “paleta” seu referencial teórico. Vê novela, mas debocha porque sabe como vai ser o último capítulo. Graças a vila, nunca escorreguei num pedantismo estéril e otário. Minha infância, de uma forma inexplicável, subjetivou meu presente, e não sei como, só sei que sim. Não sei se vou conseguir explicar pro Gabriel, meu lambari. Não sei se quero que ele more na vila, tenho uma preocupação de pai, é diferente. Priorizo a proteção dele, em meio a essa violência, mesmo perdendo muito de todo o resto, é irônico, é contraditório. A vila sofre, deveria ser diferente. Mas, ao mesmo tempo, ela é única, é mágica. Não adianta, quem nasce na vila aprende mais cedo.Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3875455178981884685.post-56665525140319137902009-04-23T20:41:00.000-07:002009-04-24T06:27:54.926-07:00O superego guevarista: uma pulguinha atrás da nossa orelha...Início meus achismos com esse textinho que escrevi no ano passado para o email da História da Fapa...e hoje, depois de assistir Che - O argentino (que aliás gostei muito), lembrei e posto ele aqui.<br /><br />"Ernesto Guevara de la Serna nos incomoda até hoje, mas no bom sentido. E tudo por causa da sua condição de asceta. E não é fácil ser um. Não mesmo!<br />É indiscutível que quando tratamos de idéias políticas de esquerda, de socialismo, de práxis, de posturas revolucionárias Che está hierarquicamente intocável, inalcançável. É o maior parâmetro que temos aqui na América Latina, e talvez no mundo inteiro.<br />E tudo por uma combinação de elementos biológicos, psicológicos, afetivos, emocionais, culturais misturados com convicções sociais e políticas por um modelo ideológico concreto. Elementos que arquetipam essa extraordinária figura do século XX (talvez a mais completa, como disse Sartre), e que vem desde 1967 nos custando caro, zumbindo nos nossos ouvidos revolucionários: "olha a postura"; "não vai peleguiar".<br />Pois é. Acontece que por diversos motivos, Ernesto Che Guevara transformou-se de homem para uma instituição modelar, um código de condutas, de suas particularidades e especifidades psicossociais ( e todos somos assim, completamente singulares em muitos atributos), forjou-se um "parâmetro". Um asceta que acreditava em Marx tornou-se ícone.<br />Há um tempo atrás, li a biografia, talvez, mais completa traduzida para o português, de Che Guevara, escrita pelo jornalista inglês Jon Lee Anderson, intitulada justamente "Che: uma biografia". O autor buscou tudo, tudo mesmo, das primeiras crises de asma até o martírio na Bolívia. Garanto que todo aquele que ler a obra ficará espantado e admirado ao mesmo tempo com as atitudes do revolucionário ao longo de sua curta vida. O desapego consigo por causa de seus objetivos, a negação de qualquer prazer imediato e a renuncia pessoal por um transcendentalismo intra-mundano (esse termo é do chileno Tomás Moulian, achei bonito e coloquei aqui), pela objetivação de seus trunfos, o fizeram ganhar contornos míticos, principalmente (é claro) depois de sua morte.<br />Mas, a maneira ascética com que se entregava para buscar seu mundo novo (com o Homem Novo como ele mesmo dizia), tanto nas guerrilhas como com sua família, foi idiossincrasia de Che, foi a sua leitura de mundo, carregada pelas particularidades trazidas na sua bagagem biológica e cultural. Essa leitura de mundo juntamente com especifidades humanas próprias de sua personalidade, fez de Guevara uma pessoa com grandes intransigências nas suas posições políticas, nos seus não-negociáveis objetivos. E como já disse, virou parâmetro.<br />Se Max Weber fosse escrever nos anos 70 do século XX a sua idéia de Dominação Carismática, baseado em Che, venderia muito, mas seria enxovalhado também, taxado como um grande oportunista, ou até mesmo (comparando de longe) um Paulo Coelho germânico. Mas como como observou esse "tipo ideal" bem antes, tem crédito na casa.<br />Che Guevara. Líder ascético, que renunciando a qualquer vaidade paliativa, ganhou milhões de prosélitos, todos nos curvamos a Che. E pra completar, o cara morre cedo, no seu auge político. Para muitos comunistas ateus, tornou-se imagem reconfortante, vínculo de crença e referência, (a mesma coisa que o Deus dos não-iluministas). Foi o tiro mais burro dado pelo capitalismo. Che não está aqui, está lá. Lá onde não podemos tocar, num lugar imaculado.<br />Quando li sobre Che (acho que em 2002), quis na mesma hora ir pro meio do mato morrer na guerrilha, já quis largar de vez minha vidinha pequeno-burguesa, já quis ser Che Guevara (mas não sou exemplo pra niguém porque sou facilmente influenciável, já quis ser Bruce Lee, Raul Seixas e até Rocco Sifredi).<br />Então, hoje, quando a gente observa os meandros, os fisiologismos, os pragmatismos político-ideológicos da nossa poítica atual pensamos: "Ah se fosse o Che!!!". Mas não é o Che. Mas não tem Che. Só o Che era Che, como só eu sou o Marcito. Não existe evangelho comunista, Che não irá se preocupar com nossos pecados ideológicos. E se de noite, ele sussurrar nos ouvidos da gente, pediremos que ele se acalme, não vamos peleguiar, só não podemos perder a ternura...jamais!!!"<br /><br />Abraço do Marcito...Marcitohttp://www.blogger.com/profile/16602677199448294395noreply@blogger.com0