quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Estudo, estudo, diversifico...e me embanano!!!


Por acaso, na semana passada descobri que a professora Marisa Vorraber Costa (de ímpar genialidade e sensibilidade com o cotidiano) lançou, neste ano de 2009 o livro "Educação na cultura da mídia e do consumo". Ah...que nostalgia! Saudade do ano passado. Uma típica nostalgia pós-moderna.
Tenho certeza que esse livro também é resultado do seminário que realizou numa disciplina na Faced, do qual fui aluno PEC, que refletia sobre educação e consumo. Deixei meu artigo lá, "O consumo (des)moralizado", uma preocupação com o universo do "senso comum", as recepções, atribuições e ressignificações dos Josés e das Marias (um pouco ao estilo do jesuíta Certeau sobre a sua "invenção do cotidiano", mesmo não lhe fazendo referência) sobre as ideologias e os modos de pensamentos que lhe são "impostos". Obviamente, fui na contramão da produção intelectual que institui a alienação. A nostalgia me dá pelas vorazes pesquisas de então, no debruçamento de Foucault, Derrida, Yudice, o meu favorito Canclini; Martín-Barbero; Bauman; Bhabha; Hall; Lemert; Ortiz, e vai, vai.. Todos, a despeito de suas particualridades, propondo uma reletiura das máximas modernas e iluministas, que me influenciaram e me fizeram comprar algumas brigas.
Pois bem...Tentei o mestrado na área, não consegui. Agora estou estudando Rio Grande do Sul, patrimônio e memória na Fapa. Meu Deus!
Não preciso dizer que as leituras são absolutamente outras! No presente momento, faço uma pesquisa sobre o Mercado Público de Porto Alegre como um lugar de memória, saca...
E falar em Mercado Público é falar de da história da cidade, de Sérgio da Costa Franco, Sandra Pesavento, etc... Falar de lugar de memória é falar de Pierre Nora, Jacques Le Goff, Maurice Halbwachs, Paul Ricouer, e aí vai.
Acredite o leitor que, para a primeira disciplina do curso, realizei um artigo sobre Rafael Pinto Bandeira, pode uma coisa dessas? Eu, Marcito, jamais me imaginei analisando um códice do século XVIII, os testemunhos de uma devassa. Isso mesmo! Imagine a bibliografia...
Mas, já ia esquecendo que no início do ano comecei o curso de Filosofia na Ufrgs, sim! Os motivos paternais me fizeram postergá-lo pra daqui há algum tempo. Mesmo assim, entre março e abril lá estava eu raciocinando o desmonte do discurso sofista na análise de Platão, fichando a metafísica da Aristóteles e preparando um texto sobre a critica moderna de Hegel sobre os escritos de Heráclito.
Bom, a verdade é que estou me sentido uma enceradeira intelectual, rodando, rodando, rodando, nessa desorganizada prática "holística". A preocupação é com o currículo, como minha formação, mas a verdade é que cada vez me embanano mais, quero ler de tudo, saber de tudo, mas acabo me atrapalhando. Acho que devo é, como me disse uma professora, fazer tudo sim, mas uma coisa de cada vez. Pois é...
Sem contar nos romances que abandonei no meio, como O Iditoda de Dostoiévski e Contraponto de Huxley. Mas o que quero mesmo, nas férias é terminar a biografia do Tim Maia, do Motta. O nome: "Vale Tudo". Não, não Tim, tudo não, aí tu me complica mais...

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