domingo, 28 de março de 2010

Isabella revisitada


Agora escrevo um achismo. Não procurarei me utilizar de nenhum artifício intelectual ou acadêmico, nenhum preciosismo com nota de rodapé. Apenas um desabafo "achista", um pensamento de frente de televisão.
Por falar em televisão pergunto-me, pergunto aos meus leitores, pergunto ao mundo inteiro: O que seria do caso Isabella Nardoni sem a mídia, sem os meios de comunicação? Qual seria o veredito, caso não estivéssemos nós, TODOS, juntos, lá no julgamento. Eu, tu, ele, nós, vós, eles estamos contaminados, absolutamente mergulhados numa revolta coletiva com o caso da menina...tão mergulhados, que só o fato de eu estar aqui, conjecturando tal coisa, já causa uma certa ojeriza em muita gente. Mas (guardem sua raiva) qual seriam os desdobramentos de tal novela, sem o espetáculo envolvido. O que seria julgado e desdobrado tecnicamente, numa tecnologia jurídica de um Estado laico? Se somente os recursos e os saberes de tal ciência em si vanguradeassem essa resolução, qual seria o final?
O envolvimento de assumir para si, de tomar como de cavalo de batalha os descaminhos da vida de outrem é complicado, é estranho...Mas aí me faço autocrítca! Não seria esse o sentimento mais nobre de uma ameaçada espécie homo sapiens sapiens? sentir-se injustiçado e ferido com as injustiças e a s feridas de qualquer um e qaulquer parte? E aí da vontade de dizer que o Direito não serve pra nada mesmo, que as únicas diretrizes deveriam ser as da moral coletiva, seja o que ela seja, masacarada, embarrada, suja, subordinada...foda-se a ciência das casuísticas! Estou contaminado pelo ódio ao casal "assassino", mesmo que eles possam não ser, mesmo que a defesa alegue, o que causará um ad eternum axioma filosófico, que a veracidade da morte não se faz acompanhar da certeza da autoria. Foda-se de novo! Se o pai dela estava lá então matou, a minha moral cristã (ninguém não a tem) é mais forte do que uma prova jurisprudente.
Não há saída, esse caso já foi sentenciado há 2 anos pela sociedade do espetáculo, o superego já estava pronto. Não há dialética. Nem maniqueísmo. O "tipo ideal" consumido da pobre Isabella anulou a alteridade: somos a justiça! É o teatro tribunalístico servindo às nossas verdades não-negociáveis. Assim não houve "caso Isabella". Que raiva do casal!!! Vou lá beijar meu filho...Mas não me furto de pensar "e se não fosse a mída..."

segunda-feira, 1 de março de 2010

Realmente...só o suicídio mesmo


Atendendo ao pedido de minha amiga Aline "Orelha" Flores, transcrevo um texto que certa vez encontrei pelos subúrbios da web. O cara, muito confuso, não ressitiu e acabou com sua vida. É compreensível, observem:

"Foi encontrado no bolso de um cadáver, quando se preparava para a autópsia, a seguinte carta:

Excelentíssimo Senhor Delegado do Ministério Público: Suicidei-me!... Não culpe ninguém pela minha sorte. Deixei esta vida porque um dia a mais que vivesse acabaria por morrer louco.

Eu explico-lhe Senhor Doutor: Tive a desdita
de me casar com uma viúva, a qual tinha uma filha; se soubesse isto jamais teria casado. Meu pai, para maior desgraça era viúvo e quis a fatalidade que ele
se enamorasse e casasse com a filha da
minha mulher.

Resultou daí que a minha mulher se tornou sogra do meu pai. A minha enteada ficou a ser a minha mãe e o meu pai ao mesmo tempo meu genro.

Após algum tempo, a minha filha pôs no mundo uma criança que veio a ser meu irmão, porém neto da minha mulher que fiquei a ser avô do meu irmão. Com o decorrer do tempo, a minha mulher pôs
também no mundo um menino que como irmão da minha mãe, era cunhado de meu pai e tio do meu filho, passando a minha mulher a ser nora da própria filha.

Eu, Senhor Delegado, fiquei a ser pai da minha mãe, tornando-me irmão dos meus filhos, a minha mulher ficou a ser minha avô já que é mãe da minha mãe, assim acabei sendo avô de mim mesmo.

Portanto, antes que a coisa se complicasse mais resolvi acabar com tudo de uma vez."